São Paulo, quarta-feira, 08 de setembro de 2010

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Fisco levou 40 dias para apurar elo entre acessos

FERNANDA ODILLA
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA

A Receita Federal demorou 40 dias para começar a investigar se há elo entre os acessos a dados cadastrais do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge em Minas e a quebra de sigilo dele e de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB em Mauá e Santo André.
A Folha teve acesso a documento com data de segunda-feira no qual o grupo da corregedoria responsável pela investigação diz que "aguardava o momento oportuno, no decorrer dos trabalhos [...], para verificar possíveis vínculos, ou não, aos acessos realizados em Mauá".
No mesmo ofício, são citados dez acessos a informações básicas de EJ feitos pelo servidor da Receita em Formiga (MG) Gilberto Amarante, filiado ao PT.
A lista dos 22 acessos aos dados cadastrais do tucano, entre eles os de responsabilidade de Amarante, foi enviada à corregedoria em 27 de julho.
Diferentemente das consultas realizadas na agência de Mauá, em que foram violados dados fiscais, esses 22 acessos se resumem a informações como endereço, telefone e CPF de Eduardo Jorge.
Doze acessos ocorreram em outros órgãos, como Ministério Público, Banco Central e Polícia Federal, mas sem relevância, segundo a corregedoria.
"Em razão de notícia prematura, dos respectivos acessos veiculados na mídia, [a comissão de inquérito] vem propor encaminhamento de representação", diz ata que faz parte da sindicância da corregedoria da Receita.


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