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PF procura corpos de vítimas da ditadura
Trabalho começa hoje em SP "sem objetivo investigativo", diz médico que atuará nas buscas
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
A Polícia Federal iniciou
um trabalho de busca e identificação de corpos de desaparecidos políticos vítimas
da ditadura militar (1964-1985) na cidade de São Paulo.
Em outubro, seis ossadas foram exumadas no cemitério
de Perus (zona norte da capital) e hoje a PF começa uma
varredura no cemitério de Vila Formosa (zona leste).
Ainda estão previstos trabalhos no cemitério de Parelheiros (zona sul) e a análise
de cerca de mil ossadas retiradas em 1990 da vala clandestina de Perus, que atualmente estão no cemitério do
Araçá (zona oeste).
Segundo Jeferson Evangelista Corrêa, chefe de medicina forense do INC (Instituto
Nacional de Criminalística)
da PF, as atividades "não têm
objetivo investigativo, mas
sim pericial técnico".
Os restos mortais retirados
em Perus estão sendo verificados no IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo e no
INC, em Brasília, onde estão
sendo feitos exames de DNA.
O objetivo principal é encontrar os corpos dos militantes de esquerda Luiz Hirata, da AP (Ação Popular), e
Aylton Adalberto Mortati, da
Molipo (Movimento de Libertação Popular), desaparecidos desde 1971.
Em novembro de 2009, a
Procuradoria apresentou à
Justiça uma ação civil pública pedindo que a União fosse
obrigada a fornecer recursos
humanos e materiais para a
Comissão Especial de Mortos
e Desaparecidos Políticos
realizar seus trabalhos.
Em fevereiro deste ano, a
Justiça Federal concedeu
uma medida liminar no processo, atendendo ao Ministério Público. A decisão foi cassada em abril pelo TRF (Tribunal Regional Federal), e a
ação civil continuou.
Em julho foi assinado um
convênio entre a comissão
especial, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Ministério da Justiça e a PF para viabilizar as apurações.
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