São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010 |
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Para PT-MG, eleição foi "desastre político" Resolução decorre do racha provocado pelo apoio da sigla à candidatura derrotada de Hélio Costa (PMDB) ao governo Texto ataca Fernando Pimentel, aproximação com o PSDB e eleitores mineiros, definidos como conservadores RODRIGO VIZEU DE BELO HORIZONTE O PT mineiro divulgou ontem documento em que classifica as eleições deste ano como "desastre político". A resolução é decorrente do racha do partido no Estado, que, durante a pré-campanha, sofreu intervenção direta do Diretório Nacional para que apoiasse a candidatura derrotada de Hélio Costa (PMDB) ao governo. O documento foi aprovado por unanimidade em reunião do Diretório Estadual do PT-MG, no último sábado. O texto faz críticas a Costa, ao candidato derrotado ao Senado Fernando Pimentel (PT), à desunião do partido -rachado entre os grupos de Pimentel e do ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias- e até aos eleitores mineiros, chamados de conservadores. No documento, os petistas mineiros afirmam que o PT nacional "impôs" o apoio a Costa e reclamam do "perfil desgastado" do ex-ministro de Lula. DILMASIA Segundo o PT-MG, a campanha do peemedebista não conseguiu criar alternativa a Aécio Neves (PSDB), que conseguiu a reeleição de seu correligionário e afilhado político Antonio Anastasia. A sigla também reclama que parte dos petistas aderiram à combinação "Dilmasia", que foi o voto casado no candidato tucano e na então candidata a presidente, Dilma Rousseff (PT). O marketing da campanha, comandado pelo publicitário Duda Mendonça, foi chamado de "nave sem rumo, descolada da realidade do Estado". Sobre Pimentel, a crítica é de ter feito campanha "de forma absolutamente isolada", desvinculado das candidaturas de Costa e de Patrus, seu vice. Assim, dizem os petistas mineiros, Costa não acompanhou o desempenho de Pimentel na capital. O chamado resultado "pífio" na cidade é creditado pelo partido à "ambígua e pragmática política de diluição de fronteiras programáticas com os tucanos". O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), foi eleito na disputa de 2008 com apoio de Pimentel e Aécio. Dilma, que ganhou em Minas Gerais, perdeu na cidade. O partido defende agora candidaturas próprias para as eleições de 2012. ELEITORES Sobra lamentação até sobre os eleitores: "Temos que entender [...] as dificuldades que enfrentamos para dialogar com setores médios da sociedade e o chamado conservadorismo mineiro". É feito ainda um apelo para que PT nacional e governo federal valorizem o PT-MG. "Partindo do pressuposto de que Aécio Neves se consolida como porta-voz do PSDB e líder da oposição neoliberal, cabe ao PT-MG ser o contraponto primordial a esse projeto tucano", afirma. Em seguida, insiste para que Pimentel e Patrus integrem o primeiro escalão de Dilma. O primeiro deve ir para o Desenvolvimento. Pimentel e Costa não comentaram ontem a resolução do PT-MG. Do grupo de Fernando Pimentel, o presidente do PT mineiro, Reginaldo Lopes, minimizou o tom do documento e disse que ele é "justo" e expressa um "conjunto de forças". Texto Anterior: Partidos cobram espaço na formação de governo em SP Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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