São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011 |
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Foco do governo é o capital especulativo DE BRASÍLIA Ciente de que não vai conter a tendência de apreciação do real, a equipe econômica do governo está tentando fechar brechas que possam gerar uma queda abrupta do valor do dólar no curto prazo. A preocupação é que, no futuro, uma reviravolta do cenário internacional leve a uma desvalorização acentuada e repentina do real, o que causaria estragos na inflação. Interlocutores do governo têm afirmado que "o real está se movendo, vai continuar, mas tem que ser devagar porque se não a volta pode ser forte". Para a equipe econômica, não há medida que possa ser tomada que vá reverter uma tendência mundial de desvalorização do dólar frente a outras moedas. O foco inicial da equipe econômica é o capital especulativo - diante de uma das maiores taxas de juros no mundo e com dinheiro em excesso no mercado internacional, o ingresso de recursos no país bateu recorde neste ano. Ao tentar inibir esse fluxo de recursos, Fazenda e Banco Central atacam, ao mesmo tempo, dois problemas: a apreciação exagerada do real e a oferta abundante de crédito, que sanciona alta de preços. Como os juros estão baixos lá fora, as captações externas têm sido fonte de recursos para empréstimos e financiamentos concedidos pelos bancos. Texto Anterior: Presidente do BNDES critica política oficial para o dólar Próximo Texto: Mantega nega usar dólar contra inflação Índice | Comunicar Erros |
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