São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Pimentel diz que não sai e derrota "estava no preço"

Amigo de Dilma continuará a participar de decisões da campanha nacional

Preterido na escolha do nome lulista ao governo de MG, ex-prefeito de BH é um dos pivôs da crise do suposto dossiê


Danilo Verpa/Folhapress
O deputado federal Antonio Palocci e Dilma em evento em São José dos Campos (SP)

VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Obrigado a abrir mão de sua candidatura ao governo em Minas em nome do projeto de eleger Dilma Rousseff presidente, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel diz que apoiar Hélio Costa "estava no preço" e que terá de fazer um trabalho de "convencimento" para garantir que a militância petista apoie o peemedebista.
Criticado pelo grupo paulista do PT após a crise do suposto dossiê contra José Serra, Pimentel admite que deixará de atuar no "lado operacional" da campanha de Dilma, mas que segue tendo o apoio dela para participar das decisões estratégicas. Sobre o suposto dossiê, responde que "nunca" ouviu falar dele e que nunca viu "mais gordo" o delegado aposentado Onézimo Souza, que acusa o jornalista Luiz Lanzetta de ter pedido investigações sobre o tucano.

Folha - A divisão do PT impediu a sigla de ter candidato?
Fernando Pimentel
- Contribuiu. Mas não é esse o motivo. O principal é a aliança nacional com o PMDB.

Foi o preço a ser pago?
Estava no preço, não podemos agora fingir. Dou toda razão à militância que se engajou de estar chateada. Mas é da lógica do processo.

A leitura é que o sr. sai enfraquecido. Vai se afastar da campanha de Dilma?
Em princípio, não. O operacional provavelmente não terei como acompanhar tão de perto, mas seguramente não haverá prejuízo na participação na coordenação, nas decisões estratégicas.

O suposto dossiê envolveu uma guerra de grupos no PT, opondo paulistas e mineiros?
Essa é uma leitura feita de fora. Na verdade, não há uma guerra nesse sentido. O que aconteceu, que foi superdimensionado pela imprensa, foi esse encontro do jornalista Luiz Lanzetta com esse delegado aposentado da Polícia Federal [Onézimo Souza], do qual não tínhamos tomado conhecimento até que ele veio a público pela imprensa, e que se tratava ali de uma questão privada, entre duas empresas. O Lanzetta tem uma empresa de comunicação e foi consultado pelo delegado sobre serviços que poderia prestar. E agora o delegado deu entrevista dizendo que não foi isso. Nunca envolveu ninguém além dos dois.

Eles dizem que havia preocupação com vazamentos de informações da campanha.
Nunca soube disso, nem ninguém da campanha.

O delegado diz que foi ao encontro convidado pelo sr.
Nunca tive contato com ele. A primeira vez que eu o vi na vida foi nesses retratos publicados numa revista. Nunca vi mais gordo.

Leia a íntegra da entrevista

www.folha.com.br/po747570


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