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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Após pedágios, Alckmin agora vê falta de leito em SP
Dois dias depois de prometer rever preços, candidato tucano ao governo admite carência hospitalar no Estado
Ex-governador nega mal-estar com Serra por causa de proposta e diz que campanha do aliado "está deslanchando"
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Dois dias depois de prometer a revisão do preço do pedágio, o candidato do PSDB
ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem
ter diagnosticado carência
de leitos hospitalares na Baixada Santista.
Aliado do ex-governador e
candidato à Presidência, José
Serra, Alckmin admitiu a deficiência ao falar da radiografia que faz para elaboração
do programa de governo.
"Leitos hospitalares, onde
falta? Já detectamos na Baixada Santista", afirmou
Alckmin, após palestra no
CIEE (Centro de Integração
Empresa-Escola).
À Folha Alckmin alegou
que os investimentos do governo Serra nas AMEs (Assistência Médica Especializada)
ampliaram a demanda por
internação hospitalar. A Baixada, acrescentou, cresceu.
Equilibrando-se entre a
candidatura da continuidade
e a promessa de avanço,
Alckmin negou constrangimento com Serra após a promessa de correção de pedágio. "Nenhum mal-estar."
Dando sinais de que a considerava emperrada, Alckmin disse que "a campanha
de Serra também está deslanchando" no Estado.
"A gente sente que a campanha do Serra está embalando. Ela vai agora no crescente. Hoje, ouvi amigos da
região de Rio Preto, Votuporanga, Fernandópolis: "Olhe,
outro cenário aqui". Quer dizer: a campanha do Serra está deslanchando."
Além de ampliação da rede hospitalar, Alckmin prometeu a oferta de tempo integral a alunos, centros de formação profissional e a transformação da CDHU (Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano) no
"BNDES da habitação".
FUNDOS
Em vez destinar seu orçamento de R$ 1 bilhão anual à
construção, a CDHU destinaria recursos a dois fundos:
um garantidor, para redução
do impacto de juros nas prestações, e outro para subsidiar
a parte dos mutuários.
O fundo atenderá a famílias de até cinco salários minimos. Segundo Alckmin, a
mudança poderia quadruplicar o número de unidades
construídas. "A CDHU não
precisa ser construtora. O setor privado faz."
Arquiteto urbanista do
Instituto Pólis, Kazuo Nakano afirma que a proposta é
exequível, mas insuficiente
para a criação de um sistema
estadual de habitação.
Embora tenha rechaçado o
clima de "já ganhou", Alckmin deu uma escorregadela:
"Nós vamos...Pretendo
implantar o aluno de tempo
integral", corrigiu-se.
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