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Analista de MG diz não se lembrar de acesso
Amarante alega que buscava homônimo quando consultou dados de Eduardo Jorge
PAULO PEIXOTO
ENVIADO ESPECIAL A FORMIGA (MG)
O analista tributário da Receita Federal de Formiga
(MG) Gilberto Souza Amarante disse à Folha que as
consultas feitas ao cadastro
dos contribuintes "normalmente" são feitas pelo nome
completo do contribuinte.
A declaração foi dada ontem após a Folha questionar
como ele acessou dados cadastrais do vice-presidente
do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira -se consultando
o nome completo ou parcial
de EJ. Amarante completou
dizendo que também se acessa o nome parcial quando há
divergências de dados.
Segundo ele, isso é "comum", o que faz com que as
consultas sejam feitas por
buscas. Pode acontecer
quando há erro de grafia, nome errado ou incompleto.
Nesse caso, é feita busca pelo
nome parcial do pesquisado.
O nome de Amarante foi
identificado em investigação
da Corregedoria da Receita
Federal como uma das pessoas que teriam acessado os
dados cadastrais de EJ.
Ele voltou a negar que tenha acessado o cadastro do
tucano. Ele disse que o caso
diz respeito ao acesso de um
contribuinte homônimo da
região centro-oeste mineira.
Mas diz não se lembrar como
ocorreu o acesso, pois esse
fato data de abril de 2009.
Por hipótese, ele diz que a
busca foi pelo nome parcial,
já que várias páginas com o
nome Eduardo Jorge teriam
sido abertas na consulta, que
durou 41 segundos. Segundo
a Receita em Minas, o sistema acessado é apenas cadastral, não dá acesso a dados
fiscais. Seriam apenas nome,
endereço e CPF.
Filiado ao PT de Arcos
(MG) desde 30 de agosto de
2001, Amarante diz que sua
militância nunca passou de
algumas poucas reuniões logo que fora convidado a ingressar na legenda. Ele diz
não ter mais relação com o
PT, embora continue filiado.
MÃE DO ANALISTA
No TSE, a Folha identificou Cardiolina Souza Amarante como doadora de
R$ 100 para a campanha a
deputado estadual de André
Quintão (PT), em 2006.
O analista afirmou que ela
é sua mãe. Disse que ele jamais soube dessa doação e ficou chateado com o envolvimento do nome dela, que é viúva e recebe pensão desde
a morte do marido, em 2003.
O deputado afirmou conhecer a pensionista Cardiolina há cerca de 15 anos, mas
que não mantém contato
com ela há pelo menos dois:
"Conheci a Cardiolina no movimento sindical". Quintão
diz não conhece Amarante.
Colaborou JOÃO PAULO GONDIM, de São
Paulo
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