São Paulo, terça-feira, 09 de novembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Obama contra-ataca

A China voltou a declarar "preocupação com a nova política monetária dos EUA", via "China Daily".
Mas o dia foi de Barack Obama. Na manchete do "Wall Street Journal", "Obama se junta à briga do G20", em defesa da "flexibilização quantitativa" do Fed criticada por Alemanha, Brasil e outros.

 

Seu trunfo, manchete no "New York Times" e no "Financial Times", foi o apoio à Índia no Conselho de Segurança. No destaque do primeiro, "Obama disse que os EUA apoiariam a postulação indiana por vaga permanente". Na análise de Edward Luce no "FT", "gesto custa pouco -além das reações ansiosas de Alemanha, Brasil e outros postulantes omitidos". Por outro lado, "compra crédito junto à Índia, de cujo apoio os EUA precisam no G20, esta semana". De fato, logo abaixo da manchete, na home do "NYT", "Ação do Fed recebe um apoio inesperado da Índia".

Na Índia Nas manchetes de hoje do "Hindu" e do "Times of India", já postadas ontem, "Obama apoia Índia na reforma da ONU". Em destaque no site do primeiro, a reportagem "Paquistão alerta contra apoio à postulação da Índia" -antes do anúncio de Obama.

Na China Jornal estatal do país-alvo de Obama, o "China Daily" registrou à noite na home, sem destaque ou crítica, que "Obama indica apoio para assento da Índia nas Nações Unidas". No texto, anota que, mesmo com o anúncio, "ainda haveria grandes obstáculos -como a possível oposição de outros países".

Quase vazia A "Foreign Policy" postou, sob o enunciado "A promessa quase vazia de Obama à Índia", que o subsecretário de Estado, William Burns, admite que "o processo será complicado e difícil" na ONU. O Council on Foreign Relations, de Nova York, sublinhou que Obama "obteve acordos para exportação e apoiou a postulação da Índia, mas analistas veem desafios para a parceria".

Outro papel O colunista do "NYT" Nicholas Kristof postou que os EUA devem estimular Índia -e também o Brasil- a liderar a defesa de democracia e direitos humanos pelo mundo.

//G20, CONTRA E A FAVOR

A dois dias do início da cúpula do G20 na Coreia do Sul, o "FT" publica hoje coluna de Gideon Rachman, apontando os "sete pilares de fricção no G20" e questionando o organismo. Em suma, "longe de ser a solução para os problemas urgentes do mundo, o G20 parece cada vez mais dividido, ineficiente e ilegítimo".
Por outro lado, o "China Daily" deu artigo de Jin Canrong e Liu Shiqiang, da Universidade Renmin, argumentando que "O papel do G20 não tem substituto". Em suma, "o mecanismo está se tornando cada vez mais importante para o avanço das relações e da economia mundial".
Fechando o noticiário do dia, por fim, o "WSJ" postou a alta do ouro no mundo -e também a queda do real no Brasil- "em meio a incertezas quanto às negociações cambiais no G20".

//A ESTREIA

Na manchete da BBC Brasil, "Dilma estreia no G20 para levar mensagem de continuidade". Ela "terá lugar ao lado de Lula em reunião de cúpula", para "apresentá-la à comunidade internacional como a nova chefe de Estado".
Ao fundo, a organização Inter-American Dialogue, de Washington, publicou o artigo "Para onde Dilma vai levar o Brasil?", assinado por Peter Hakim, no "Los Angeles Times". Diz que "os brasileiros têm razão em ter orgulho do progresso de seu país", mas vê "problemas tremendos". Em política externa, "parece carecer de um centro moral" e está sob "intenso escrutínio", citando as relações com os "párias" Irã e Venezuela. Ameaça que "a tensão crescente com Washington poderia fechar importantes oportunidades diplomáticas e econômicas".

opais.sapo.mz
A DESPEDIDA Antes mesmo de Lula chegar, o jornal moçambicano "O País" deu capa ontem, com imagem de arquivo. Na chamada, "Última visita". Na reportagem, "A visita de um amigo". No "Jornal Notícias", "Moçambique e Brasil vão bem, obrigado!"

//MONTY PYTHON VISITA

A "IstoÉ" publicou que Rupert Murdoch, dono do "WSJ" e da Fox News, visita o Brasil neste mês e pediu uma audiência com Lula para "saber mais de Dilma". E o iG postou que Arianna Huffington, do Huffington Post, também vem ao país, no mês que vem.
E jornais britânicos deram que Michael Palin, 67, um dos antigos integrantes do Monty Python, hoje presidente da Royal Geographical Society e apresentador de um programa de viagens na BBC, anunciou que vem ao Brasil para uma série com quatro episódios: "Se vocês virem uma equipe de TV no Rio de Janeiro, esperando para cruzar a rua, por favor, ajudem."



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