São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 |
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FOCO Lula é tietado em sua volta aos voos comerciais Ex-presidente posa para fotos, dá autógrafos e fala de futebol no trajeto entre SP e Brasília
na 1ª viagem do ex-presidente em avião comercial após 8 anos DANIELA LIMA JOEL SILVA ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA O embarque do voo 1206, que saiu de São Paulo para Brasília, começou sete minutos depois do previsto. O responsável pelo atraso foi o ex-presidente Lula, que ontem à tarde causou rebuliço em seu primeiro voo comercial desde que deixou o cargo. Lula foi tietado pelos funcionários da companhia aérea e por passageiros do voo, acompanhado pela Folha. Posou para mais de 30 fotos e autografou dezenas de bilhetes. Do corredor que leva à aeronave, um Boeing 737-800, já se viam flashes pipocando na cabine. Ao comentar a receptividade dos passageiros, Lula disse que os políticos precisam sair mais às ruas. "O grande erro da classe política é que, quando a situação é adversa, ela tem medo do povo e se esconde." O ex-presidente chegou ao aeroporto de Congonhas pela Base Aérea e foi de van até a pista de decolagem. Ele não passou pela sala de embarque -única regalia da qual desfrutou na viagem. Lula, que participará hoje da festa de 31 anos do PT, sentou-se na poltrona de número oito, no corredor, ao lado da ex-primeira dama Marisa Letícia e da nora, Marlene Araújo. Clara Ant, assessora do ex-presidente, sentou-se ao lado, na outra ponta do corredor, e Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, à frente dela. Os três cochicharam o tempo todo. Inicialmente, não houve alarde - Lula entrou antes dos demais. Mas, quando a primeira pessoa avistou o ex-presidente e freou o movimento no corredor, começaram os comentários. Houve périplo pela aeronave. Uns filmaram, outros fotografaram. Teve quem só olhou. "É prazeroso", disse ele sobre a movimentação. O ex-presidente posou até com as aeromoças, mas recusou o pacotinho de biscoitos salgados. Pediu apenas um copo com água, sem gelo. Durante o voo, um dos passageiros emprestou um jornal a Lula, que deu atenção à reportagem sobre o reajuste do salário mínimo. Segunda-feira, ele saiu em defesa da presidente Dilma na batalha travada com os sindicalistas, chamados por ele de oportunistas. CONSELHOS Logo na entrada, o ex-presidente assustou-se com a presença da Folha. Ant tratou de avisar que ele não daria entrevistas. Mas o ex-presidente cedeu e conversou com a reportagem. Falou sobre futebol, o contato com a população e, quase sem querer, deu conselhos. "Todo político devia evitar aquele conselho do assessor que fala: "a coisa tá ruim, não vai para a rua". Quando tá ruim é que tem que ir para a rua. Quando está bom pode ficar em casa", disse. "Eu nunca tive medo de ir aos lugares. Se tem uma coisa que não me assusta é o povo", completou. Lula também recebeu de um passageiro o livro "Ainda Existe Esperança", do argentino Enrique Chaij. FOLHA.com Veja mais fotos do ex-presidente durante viagem para Brasília folha.com.br/fg2128 Texto Anterior: Folha.com Próximo Texto: Dividido, PT faz 31 anos com dívida milionária Índice | Comunicar Erros |
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