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Aeroportos viram foco de embate em SP
Problemas de atraso em projetos atingem tanto locais administrados pela União quanto os de gestão estadual
Obras vitais para a Copa
de 2014 patinam e PSDB
e PT divergem sobre
viabilidade de mais um
aeroporto no Estado
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Consideradas vitais por
causa da Copa de 2014, as
obras de ampliação e construção de aeroportos patinam nas mãos dos governos
do PT e do PSDB em SP.
A oposição ao governo Lula ataca sobretudo os atrasos
na ampliação dos aeroportos
de Cumbica (terceiro terminal de passageiros) e de Viracopos (segunda pista). Em
São Paulo, as modernizações
também estão atrasadas.
O assunto deve ser um dos
temas abordados no primeiro debate entre os candidatos
a governador, na próxima
quinta-feira, na TV Band.
O governo federal administra cinco aeroportos em
SP. Outros 31 são do Estado.
Ontem, o governador Alberto Goldman (PSDB) defendeu, em artigo na Folha,
a construção de um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo, proposta
que não é consenso.
Goldman quer que a União
autorize o Estado a fazer a
obra por uma parceria público-privada, mesmo modelo
adotado na internacionalização do aeroporto de Ribeirão
Preto. O processo começou
em 2001, por força de um decreto do então governador,
Geraldo Alckmin (PSDB).
A empresa que venceu a licitação em 2005 ampliaria a
pista e construiria um terminal de cargas internacionais,
mas nada foi feito. "A empresa diz que a pista não é suficiente para receber voos internacionais e não começou
a operar por causa disso", diz
a prefeita Dárcy Vera (DEM).
A Secretaria Estadual dos
Transportes informou que a
internacionalização depende de autorização da Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil) e a ampliação da
pista depende do estudo da
"curva de ruído", solicitado
pelo Ministério Público.
A campanha de Alckmin
informou que seu plano de
governo prevê a transferência dos aeroportos estaduais
à iniciativa privada. Para ele,
a responsabilidade maior é
do governo federal, pois os
aeroportos federais têm 28
vezes mais passageiros.
Emidio de Souza, coordenador da campanha de Mercadante, disse que o plano de
governo vai apresentar um
projeto para "potencializar
os aeroportos do interior".
Celso Russomanno disse
pretende investir na infraestrutura do Estado, inclusive
nos aeroportos.
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