São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Aeroportos viram foco de embate em SP

Problemas de atraso em projetos atingem tanto locais administrados pela União quanto os de gestão estadual

Obras vitais para a Copa de 2014 patinam e PSDB e PT divergem sobre viabilidade de mais um aeroporto no Estado


EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Consideradas vitais por causa da Copa de 2014, as obras de ampliação e construção de aeroportos patinam nas mãos dos governos do PT e do PSDB em SP.
A oposição ao governo Lula ataca sobretudo os atrasos na ampliação dos aeroportos de Cumbica (terceiro terminal de passageiros) e de Viracopos (segunda pista). Em São Paulo, as modernizações também estão atrasadas.
O assunto deve ser um dos temas abordados no primeiro debate entre os candidatos a governador, na próxima quinta-feira, na TV Band.
O governo federal administra cinco aeroportos em SP. Outros 31 são do Estado.
Ontem, o governador Alberto Goldman (PSDB) defendeu, em artigo na Folha, a construção de um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo, proposta que não é consenso.
Goldman quer que a União autorize o Estado a fazer a obra por uma parceria público-privada, mesmo modelo adotado na internacionalização do aeroporto de Ribeirão Preto. O processo começou em 2001, por força de um decreto do então governador, Geraldo Alckmin (PSDB).
A empresa que venceu a licitação em 2005 ampliaria a pista e construiria um terminal de cargas internacionais, mas nada foi feito. "A empresa diz que a pista não é suficiente para receber voos internacionais e não começou a operar por causa disso", diz a prefeita Dárcy Vera (DEM).
A Secretaria Estadual dos Transportes informou que a internacionalização depende de autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a ampliação da pista depende do estudo da "curva de ruído", solicitado pelo Ministério Público.
A campanha de Alckmin informou que seu plano de governo prevê a transferência dos aeroportos estaduais à iniciativa privada. Para ele, a responsabilidade maior é do governo federal, pois os aeroportos federais têm 28 vezes mais passageiros.
Emidio de Souza, coordenador da campanha de Mercadante, disse que o plano de governo vai apresentar um projeto para "potencializar os aeroportos do interior".
Celso Russomanno disse pretende investir na infraestrutura do Estado, inclusive nos aeroportos.


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