São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Ministro cogita sair e suspende convênios Pedro Novais interrompe contratos com entidades privadas sem fins lucrativos, um dos alvos da operação da PF Governo considera ação "atabalhoada" e Dilma se irritado com relato pouco detalhado de seu ministro da Justiça DE BRASÍLIA A operação da Polícia Federal ameaçou a permanência do ministro Pedro Novais (PMDB-MA) -que chegou a cogitar demissão. Novais, porém, terminou o dia anunciando a suspensão temporária de convênios do Turismo. O ministério publicará hoje uma portaria para interromper por 45 dias a assinatura de todos os convênios com entidades privadas sem fins lucrativos, um dos alvos da investigação da PF. O texto também determina que não haverá a reserva de recursos nos contratos semelhantes que já foram assinados pelo ministério. Novais informou que solicitou à CGU (Controladoria Geral da União) a instalação de processo interno disciplinar para apurar as suspeitas de irregularidades de servidores da pasta. O ministro estava em São Paulo, em um evento do ministério, quando soube da operação da PF e teve que voltar às pressas a Brasília. Novais participou de encontro ao lado do secretário de desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, que foi preso na capital paulista. O PMDB só soube do caso pela mídia. Membros do partido chegaram a cobrar o rompimento com o PT e defendiam que o ministro entregasse o cargo. Coube ao vice-presidente Michel Temer o papel de bombeiro. Após falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ele disse aos líderes do PMDB que não havia motivação política do Planalto. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman tranquilizou Novais. Ela afirmou que o governo tem por princípio defender seus ministros. A operação da PF foi considerada "atabalhoada" pelo governo. A presidente Dilma teria ficado irritada com o relato pouco detalhado do ministro da Justiça sobre a ação. Ele esteve no Planalto logo no começo da manhã de ontem, pouco antes de a imprensa divulgar as 35 prisões. Ministros consideram que não há indícios de participação de alguns dos presos no esquema investigado. No passado, operações da PF eram informadas ao ex-presidente Lula com antecedência. Dilma esperava ter tido mais tempo para analisar o que fazer diante do envolvimento de partidos da base. (NATUZA NERY, NÁDIA CABRAL, ANA FLOR, CATIA SEABRA, VALDO CRUZ E RUBENS VALENTE) Texto Anterior: Para governo, operação foi "atabalhoada" Próximo Texto: Marta diz que ex-assessor é "corretíssimo" Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |