São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Monsenhor investigava excesso de gastos

DO RIO

Preso pela Polícia Federal a partir de uma denúncia anônima, o monsenhor Abílio Ferreira da Nova, 77, investigava excesso de gastos na Arquidiocese do Rio de Janeiro. A apuração ainda não havia sido concluída, informou ontem a arquidiocese.
Abílio foi preso no domingo no aeroporto Tom Jobim quando iria embarcar para Portugal com 52,8 mil (R$ 117,2 mil), dos quais 45 mil eram levados sem autorização da Receita. Por lei, quantias acima de R$ 10 mil devem ser declaradas.
O religioso obteve liberdade provisória na segunda-feira. A PF disse que não são comuns denúncias sobre dinheiro não declarado.
O monsenhor assumiu o cargo de ecônomo (responsável pela administração dos bens da arquidiocese) em maio de 2009, após o afastamento do padre Edvino Alexandre Steckel, que teria autorizado despesas de R$ 15 milhões em apenas 16 meses.
Entre os gastos está a compra de um apartamento de 500 m2 no Flamengo, zona sul, para servir a dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito que mora em São José dos Campos (SP).
A arquidiocese informou que Abílio já havia pedido renúncia do cargo em maio passado devido a problemas de saúde. Seu mandato termina em outubro. Ainda não foi divulgado o nome do substituto. (CRISTINA GRILLO e HUDSON CORRÊA)


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