São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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EUA buscam aproximação com novo governo

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Salvo algum mal-estar devido à revelação de que os EUA atribuíram a ela crimes na ditadura em um despacho diplomático, a aproximação entre a presidente eleita, Dilma Rousseff, e seu antigo inimigo dos tempos de militância esquerdista será selada na segunda-feira.
Após começo conturbado, o número três da diplomacia americana, William Burns, se encontrará com o governo de transição em Brasília.
A turbulência deu-se pela negativa de Dilma ao convite feito pelo presidente americano, Barack Obama, para uma visita a Washington. Alegou problema de agenda.
Houve a impressão, em Washington, de que Dilma poderia seguir o antiamericanismo do Itamaraty sob Lula, até porque iria participar de uma reunião de presidentes sul-americanos na Guiana.
Acabou cancelando essa participação regional, contudo, e desde então só emitiu sinais pró-Washington.
Dilma criticou o apoio brasileiro ao Irã, arqui-inimigo dos EUA, nomeou um chanceler com maior interlocução com a Casa Branca e concedeu sua primeira entrevista a um jornal, como eleita, ao "The Washington Post".
A vinda de Burns, subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, foi agendada anteriormente, mas ocorre neste contexto.
Ele anuncia uma agenda com membros da equipe de transição e pode se encontrar com Dilma. A presidente eleita já tem boa relação com Thomas Shannon, o embaixador americano no Brasil.
Além de tomar impressões sobre Dilma, Burns falará sobre os temas que incomodaram os EUA na relação com o Brasil recentemente. O Irã, a posição brasileira contra a ampliação do tratado contra proliferação de armas atômicas e os vizinhos bolivarianos estarão em pauta.


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