São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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PRESIDENTE 40 A TRANSIÇÃO

Dilma chama mulher para cuidar de juros

Atualmente no mercado financeiro, Zeina Latiff poderá comandar a diretoria mais importante da instituição

Economista é indicação de Alexandre Tombini, futuro presidente do órgão, que seguiu uma orientação da eleita

DE BRASÍLIA
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA


A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou a economista Zeina Latiff para a Diretoria de Estudos Especiais do órgão, um dos mais importantes cargos na formulação da política de juros do Brasil.
Se confirmada, ela será a primeira mulher no centro do debate sobre o rumo da política monetária do país. Não será, porém, a primeira mulher em uma diretoria.
Interlocutores da eleita conversaram na semana passada com Zeina, atualmente no escritório brasileiro do RBS (Royal Bank of Scotland). A equipe de transição, porém, avalia se há tempo hábil para submeter seu nome ao Congresso neste ano.
A ideia é resolver a indicação na semana que vem, para não deixar o assunto em aberto até fevereiro, quando assume o novo Congresso.
Também está em discussão um titular para a Diretoria de Normas do BC, cargo que Alexandre Tombini deixará vago ao ocupar a presidência do banco em janeiro.
Segundo a Folha apurou, a economista foi uma escolha de Tombini que, a pedido de Dilma, partiu em busca de um profissional do mercado financeiro. Pesa a favor de Zeina o fato de ser mulher.
Tombini foi sabatinado e sua indicação deve ser votada pelo Senado semana que vem, data-limite para isso.
Dilma já deixou para fevereiro a definição sobre os nomes que comandarão estatais e outros cargos de segundo escalão, alvo de cobiça entre os partidos aliados.
Ela avisou ao PMDB que só mexeria essas peças em janeiro, mas mudou de ideia para esperar a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Seu objetivo é ter uma moeda de troca para negociar com a base. O comando do Banco do Brasil, por exemplo, pode ser definido somente em março ou abril.

SAÚDE
Dilma Rousseff ainda não bateu o martelo sobre o futuro ministro da Saúde -que está entre as pastas com maiores orçamentos.
O mais cotado hoje para o cargo é o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas sua indicação enfrenta dois problemas.
O primeiro deles é arrumar um substituto para sua atual função, vaga para a qual concorrem o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) e o senador Welington Dias (PT-PI).
O segundo obstáculo é fruto de uma avaliação de que, com Padilha, o Ministério da Saúde ganharia perfil muito político, mais suscetível à pressão de congressistas.
Outra opção analisada por Dilma é nomear o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto.
(SHEILA D'AMORIM, VALDO CRUZ, NATUZA NERY, MÁRCIO FALCÃO E ANA FLOR)


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