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Após pesquisa, campanha tucana mostra otimismo
Pela primeira vez na eleição, clima entre aliados de José Serra é de virada; reunião hoje, em São Paulo, definirá nova estratégia
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Apesar dos sete pontos de
desvantagem registrados no
último Datafolha, o comando
da campanha de José Serra à
Presidência exibe, pela primeira vez desde o início da
corrida presidencial, esperança de vitória.
Tucanos, que até o mês
passado admitiam risco de
derrota em primeiro turno,
agora passam a falar na
chance de virada.
"A imagem da Dilma está
arranhada, uma candidata
na defensiva. A tendência de
crescimento é nossa", diz o
presidente nacional do
PSDB, Sérgio Guerra (PE).
"Não sejamos otimistas. A
eleição continua difícil",
pondera ele, porém.
Segundo tucanos, o próprio Serra - que se mostrava
apreensivo quanto ao segundo turno - mostra otimismo
em conversas com aliados.
"Há um ambiente de crença na virada. Precisamos
transformar isso em mobilização", afirmou o deputado
Jutahy Magalhães (BA), um
dos articuladores de Serra.
Entre tucanos e democratas, a avaliação é de que o segundo turno depende muito
mais do candidato do que da
qualidade da campanha. E
que, abalada com o resultado do primeiro turno, Dilma
Rousseff (PT) vai fraquejar.
A estratégia do PSDB continuará a ser investir nos Estados onde a sigla crê em
maior potencial de crescimento: Paraná, São Paulo e
Minas. Serra se dedicará ainda à reconquista de eleitores
no Rio Grande do Sul.
Como tucanos não acham
recomendável consumir
energia demais contra a popularidade de Lula no Nordeste, a expectativa é ampliar um pouco a presença do
candidato na região a partir
de um movimento que parta
do Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo Guerra, a postura
de Dilma ao falar sobre o
aborto abalou sua credibilidade no Nordeste.
"O Lula deu cambalhota
no primeiro turno e fez papel
de ator no horário eleitoral.
Não acho que vá surtir efeito", disse Guerra, para quem
a comunicação será fundamental no segundo turno.
Além do programa eleitoral em rádio e TV, aliados serão escalados para dar entrevistas em rádios. Reunidos
em São Paulo, os aliados definirão a estratégia hoje.
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