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PSB pressiona por espaço em futuro governo
Sigla ganha musculatura nas urnas e, em caso de vitória de Dilma, quer mais cargos
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
Com três eleições acachapantes no primeiro turno
(Pernambuco, Ceará e Espírito Santo), o PSB ganhou
musculatura nas urnas e já
pressiona nos bastidores por
espaço maior na Esplanada
dos Ministérios caso Dilma
Rousseff (PT) seja eleita presidente da República.
Aliado do governo Lula, o
partido disputa o segundo
turno em outros três Estados:
Paraíba, Piauí e Amapá. Desses, terminou em primeiro
lugar nos dois primeiros.
Com base nas eleições decididas no primeiro turno, o
PSB comandará 10,7% do
eleitorado do país. Se vencer
as três eleições em aberto no
segundo turno, esse número
pode chegar a 14,6%.
Na Câmara dos Deputados, o partido sai das urnas
como o que mais cresceu proporcionalmente (26%), subindo de 27 para 34 deputados. A sigla já ameaça o DEM,
que, quando ainda era PFL,
chegou a ter mais de 100 representantes, em 1998, e agora elegeu 43 deputados.
No Senado, foram três eleitos pelo PSB, um a mais do
que na composição atual:
Rodrigo Rollemberg (DF), Lídice da Mata (BA) e Antonio
Carlos Valladares (SE).
"Acabando as eleições,
conversaremos sobre a composição, mas é evidente que
merece mais espaço", afirma
o deputado federal gaúcho
Beto Albuquerque, que teve
mais de 200 mil votos.
Hoje, o PSB comanda o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Secretaria de Portos.
Um dos alvos da sigla num
eventual governo Dilma é
ampliar o controle do Porto
de Santos (SP). Nos bastidores, já há disputa com aliados
de Michel Temer (PMDB), vice de Dilma, que cobram o
comando do porto.
Com reserva, lideranças
defendem que o PSB administre três ministérios. A lista
começa pelo Ministério da
Integração Nacional, que
destina verbas ao Nordeste.
Colaborou BRENO COSTA , de São Paulo
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