São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2010

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OUTRO LADO

Levantamentos são "absurdos" e "simplistas", dizem empreiteiras

DE SÃO PAULO

O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção, uma das entidades representativas das empreiteiras), Paulo Simão, diz que os levantamentos da Polícia Federal que apontam uma margem oculta nos preços da obras públicas são "simplistas" e "absurdos".
Segundo Simão, "o desconto no preço de uma licitação é uma decisão, uma estratégia da empresa. Se a proposta da companhia estiver dentro dos limites colocados pelo edital, não há problema ou ilegalidade alguma".
A exemplo dos peritos da PF, Simão faz críticas à forma como a pesquisa do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) é usada para a fixação dos tetos dos preços das obras públicas, mas por motivos diferentes.
"Estamos combatendo veementemente as tabelas do Sinapi. Elas estão cheias de deformações, pois não levam em conta as diferenças entre regiões e características de cada obra", afirma.
"Estamos discutindo com o governo mudanças nestas tabelas, pois não refletem a realidade do mercado", diz.
Procurada pela Folha para comentar os levantamentos, outra entidade representativa do setor, a Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base), declarou em nota que "entende que o estudo realizado pela PF é um trabalho realizado por uma instituição séria e não tem comentários a fazer sobre o assunto".
Para o setor técnico de obras do TCU (Tribunal de Contas da União) os levantamentos da PF representam uma evolução para a definição dos preços de construções públicas no país.


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