São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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Chanceler nega divergência com Dilma sobre etanol

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, negou ontem que o Itamaraty e a presidente Dilma Rousseff tenham divergido no passado em relação a uma parceria brasileira com os EUA para a promoção do uso de biocombustíveis em países periféricos.
Segundo documentos da diplomacia americana revelados pelo WikiLeaks, em 2006, a então ministra Dilma (Casa Civil) defendeu a inclusão da Bolívia e da Colômbia no acordo para incentivar agricultores a abandonar a produção da coca.
Já o Itamaraty informou aos americanos que essa inclusão poderia ser malvista pelos demais vizinhos, conforme os documentos.
De acordo com o chanceler, o foco do programa era a disseminação com os EUA do uso de etanol em países com "economias vulneráveis" e que tivessem uma "conta alta de importação" de combustíveis fósseis.
A cooperação entre Brasil e EUA ficou restrita a sete países da América Central e a dois da África.
"De fato, houve um entendimento mútuo entre Brasil e EUA de que, na América do Sul, não trabalharíamos conjuntamente", disse Patriota, em Buenos Aires, durante sua primeira visita internacional como chanceler.
"Aqui temos outros mecanismos de integração e relacionamento estreito já com todos os países vizinhos, o que dispensa essa cooperação com os EUA", afirmou.


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