São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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Em público, PT e PMDB anunciam uma trégua

Temer e Palocci tentam chegar a um consenso sobre 2º escalão da Saúde

Dilma determinou que os partidos aliados discutam insatisfação nos bastidores, e não por meio da imprensa

DE BRASÍLIA

Em uma série de reuniões ontem, o governo tentou conter desentendimentos entre PT e PMDB. Ao menos nos discursos públicos, os partidos selaram trégua e decidiram acertar, conjuntamente, nomes para o segundo escalão do Ministério da Saúde, foco da disputa aliada.
A disputa por cargos criou instabilidade na estreia de Dilma Rousseff na Presidência. Para conter o início de crise, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), foram acionados para apagar o incêndio.
A ordem para abaixar o tom partiu de Dilma após reunião tensa anteontem entre ela, Temer, Palocci e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. A situação foi classificada como "grave", e a petista exigiu que os desentendimentos fossem discutidos nos bastidores, e não nos jornais.
Ontem, líderes dos dois partidos se reuniram, esforçando-se para emitir sinais de paz. Um dos encontros mais significativos ocorreu entre o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, protagonistas de bate-bocas.
Incomodados, setores do PMDB passaram a ameaçar o Planalto. Chegaram a prometer votar salário mínimo maior que os R$ 540 acertados pela equipe econômica.
Pelo acordo de ontem, as duas legendas negociarão um nome para presidir a Funasa que contemple os dois grupos. O órgão era o pivô do desentendimento, já que o PMDB não queria perder o controle da instituição, com orçamento de R$ 5 bilhões, após ter perdido a Secretaria de Atenção à Saúde.
Outro sinal da trégua foi a desistência de Alves de entregar uma lista de reivindicações: "Palocci disse que o PMDB é governo, não aliado. A partir de agora vamos conversar à exaustão", disse. Alves obteve a garantia de que fará o presidente do Dnocs.


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