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Alckmin e PT disputam aliados na Assembleia
Governador eleito articula para manter maioria folgada na Casa e evitar abertura de CPIs
DANIELA LIMA
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
Seis partidos, que contarão com 22 deputados estaduais em São Paulo, são cobiçados hoje tanto pelo governador eleito, Geraldo
Alckmin (PSDB), quanto pela
oposição, capitaneada pelo
PT no Estado.
A depender do posicionamento de seus parlamentares, PV, PSB, PDT, PMDB, PR
e PRB podem dar a Alckmin a
maioria folgada na Assembleia, ou ao PT a possibilidade de instalar investigações,
esperada há anos.
Com a eleição de 28 aliados, o PT pressionará legendas que integram a base do
governo federal pelo apoio
de pelo menos mais quatro
parlamentares. São necessárias 32 assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
PDT e PSB devem aderir ao
governo Alckmin mas, hoje,
sinalizam que o apoio está
condicionado à nomeação de
cargos na administração estadual. O presidente estadual do PDT, Paulinho da
Força, foi procurado pela
equipe de Alckmin e mostrou
interesse em fazer acordo.
"A relação com o Alckmin
é boa. Mas a participação no
governo seria importante para convencer a direção nacional do partido."
Paulinho vê possibilidade
de algum ruído com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, aliado do PT e ministro do governo federal,
mas diz que isso não inviabilizaria uma aliança com os
tucanos.
O PSB, aliado ao PT na esfera nacional, mas parceiro
histórico dos tucanos em São
Paulo, sinalizou de forma semelhante, mas líderes da legenda aguardam o presidente estadual da sigla, Márcio
França, para definir posição.
Com a terceira maior bancada eleita, o PV, tradicional
aliado dos tucanos no Estado, quer a Secretaria de Meio
Ambiente e o comprometimento público do PSDB com
uma agenda de 21 itens para
seguir coligado.
O PMDB é alinhado ao
PSDB em São Paulo, mas o
partido é presidido nacionalmente por Michel Temer, vice-presidente eleito ao lado
de Dilma Rousseff (PT).
Temer usará sua influência para tentar segurar o
apoio a Alckmin. O tamanho
da pressão que será exercida
sobre os peemedebista do Estado passará pela manutenção do ministro Wagner Rossi na pasta da Agricultura,
por exemplo.
O PRB, do vice-presidente
José Alencar e do senador
Marcelo Crivella (RJ), permanecerá com dois deputados.
Um deles, Gilmaci Santos,
presidente estadual da legenda, diz ainda não ter conversado com a equipe de
transição, mas afirma crer na
continuidade da aliança com
os tucanos.
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