São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Alckmin e PT disputam aliados na Assembleia

Governador eleito articula para manter maioria folgada na Casa e evitar abertura de CPIs

DANIELA LIMA
FERNANDO GALLO

DE SÃO PAULO

Seis partidos, que contarão com 22 deputados estaduais em São Paulo, são cobiçados hoje tanto pelo governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), quanto pela oposição, capitaneada pelo PT no Estado.
A depender do posicionamento de seus parlamentares, PV, PSB, PDT, PMDB, PR e PRB podem dar a Alckmin a maioria folgada na Assembleia, ou ao PT a possibilidade de instalar investigações, esperada há anos.
Com a eleição de 28 aliados, o PT pressionará legendas que integram a base do governo federal pelo apoio de pelo menos mais quatro parlamentares. São necessárias 32 assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
PDT e PSB devem aderir ao governo Alckmin mas, hoje, sinalizam que o apoio está condicionado à nomeação de cargos na administração estadual. O presidente estadual do PDT, Paulinho da Força, foi procurado pela equipe de Alckmin e mostrou interesse em fazer acordo.
"A relação com o Alckmin é boa. Mas a participação no governo seria importante para convencer a direção nacional do partido."
Paulinho vê possibilidade de algum ruído com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, aliado do PT e ministro do governo federal, mas diz que isso não inviabilizaria uma aliança com os tucanos.
O PSB, aliado ao PT na esfera nacional, mas parceiro histórico dos tucanos em São Paulo, sinalizou de forma semelhante, mas líderes da legenda aguardam o presidente estadual da sigla, Márcio França, para definir posição.
Com a terceira maior bancada eleita, o PV, tradicional aliado dos tucanos no Estado, quer a Secretaria de Meio Ambiente e o comprometimento público do PSDB com uma agenda de 21 itens para seguir coligado.
O PMDB é alinhado ao PSDB em São Paulo, mas o partido é presidido nacionalmente por Michel Temer, vice-presidente eleito ao lado de Dilma Rousseff (PT).
Temer usará sua influência para tentar segurar o apoio a Alckmin. O tamanho da pressão que será exercida sobre os peemedebista do Estado passará pela manutenção do ministro Wagner Rossi na pasta da Agricultura, por exemplo.
O PRB, do vice-presidente José Alencar e do senador Marcelo Crivella (RJ), permanecerá com dois deputados. Um deles, Gilmaci Santos, presidente estadual da legenda, diz ainda não ter conversado com a equipe de transição, mas afirma crer na continuidade da aliança com os tucanos.


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