São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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Procuradoria Eleitoral de Roraima pede cassação de Jucá

Ministério Público liga senador aos R$ 100 mil que um aliado dele atirou pela janela de um carro ao ser abordado

ANDREZZA TRAJANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE BOA VISTA


A Procuradoria Regional Eleitoral em Roraima pediu a cassação do mandato do senador reeleito Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado. A ação foi ajuizada na semana passada.
Também foram alvo de ações o governador José de Anchieta Jr. (PSDB) e a ex-mulher de Jucá, Teresa Jucá, (PMDB), que foi eleita deputada federal.
O procurador eleitoral auxiliar Rodrigo Timóteo disse que apreensões de dinheiro ligadas ao senador na campanha somam R$ 180 mil.
A primeira, de R$ 100 mil jogados pela janela de um carro por um aliado dele às vésperas do primeiro turno da eleição do ano passado.
Em outra apreensão, a Polícia Federal reteve R$ 80 mil com um colaborador do senador que viajava de carro no interior de Roraima.
O dinheiro jogado do carro estava em poder do empresário e colaborador Amarildo da Rocha Freitas, irmão do deputado federal Urzeni Rocha (PSDB-RR).
Em depoimento, Freitas afirmou que recebeu um envelope das mãos de Jucá momentos antes de ser abordado pela polícia, sem saber que se tratava de dinheiro.
Falou ainda que, ao sair do escritório do senador, notou que estava sendo seguido por agentes federais, assustou-se e acabou jogando o envelope para fora. A quantia continua retida.
"Ele declarou que retirou a quantia do comitê do senador, o que inicialmente foi negado por Jucá. Mas passada a eleição, foi solicitada a restituição [pela assessoria da campanha], alegando que o dinheiro era do comitê", disse o procurador.
A Procuradoria ainda viu irregularidades em um saque de R$ 2 milhões do comitê financeiro, na simulação de gastos de R$ 1,9 milhão com alimentação para sonegar INSS e no uso de empresas de transporte de dinheiro para fazer movimentações financeiras não declaradas oficialmente pela campanha.

OUTROS CASOS
A Procuradoria também identificou saques ilegais da boca do caixa feitos pelas campanha do governador José de Anchieta e da deputada federal Teresa Jucá.
O Tribunal Regional Eleitoral deve julgar as denúncias ainda neste ano. Se o tribunal decidir pela cassação, eles podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


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