São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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Ao lado de Sarney, Temer diz que PMDB será "protagonista"

DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DE BRASÍLIA

Ao lado de lideranças do PMDB como José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), o presidente da sigla, Michel Temer, afirmou ontem que o partido não será "coadjuvante", mas "ator principal" em eventual governo liderado pelo PT.
Temer discursou na convenção nacional do PMDB, de onde iria sair indicado como vice na chapa de Dilma Rousseff à Presidência.
"O PMDB não será coadjuvante, será protagonista, ator principal. O PMDB não vai chegar apenas com a vice-presidência, porque atrás do PMDB está o maior exército político eleitoral do país."
Ao seu lado estavam Renan e Jader, que já foram obrigados, no passado, a renunciar à presidência do Senado diante de suspeitas de irregularidades, enquanto Sarney resistiu no cargo em meio a uma crise em 2009.
Na noite de sexta-feira, Temer se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na companhia do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Na conversa, Lula se comprometeu a "não criar nem confusão nem atrito" nos Estados onde há candidatos ao governo tanto do PT quanto do PMDB. O presidente não deixou claro, entretanto, se irá participar de eventos nos dois palanques nesses locais.
No encontro com Lula, Temer expressou sua contrariedade por não ser aclamado candidato -o que não ocorreu pelos pleitos do ex-governador Roberto Requião (PR) e do jornalista Antonio Pedreira por uma candidatura própria do PMDB ao Planalto. Ontem, Requião deixou a convenção pouco antes de Temer chegar, sem garantir que voltaria à tarde. "O partido está cabresteado", discursou o ex-governador.
Temer chegou por volta do meio-dia, acompanhado de Sarney, Renan, Jader, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o presidente do BC Henrique Meirelles. A decisão oficial de apoiar Dilma não havia ocorrido até o fechamento desta edição. (ANA FLOR, RANIER BRAGON E VALDO CRUZ)



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