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Procuradoria tenta barrar ao menos 137 candidaturas
Ministério Público contestou registros com base na Lei da Ficha Limpa
Entre os atingidos estão Garotinho, Sarney Filho, Jader Barbalho, Paulo Rocha, Jackson Lago e Ronaldo Lessa
DE SÃO PAULO
DE BELÉM
DO RIO
Os Ministérios Públicos de
Alagoas, Maranhão, Pará e
Rio de Janeiro impugnaram
ontem 137 candidaturas, parte delas com base na recém-criada Lei da Ficha Limpa.
A impugnação é uma contestação durante o desenvolvimento do processo de registro das candidaturas, que
pode ser acolhida ou não pela Justiça Eleitoral.
Entre os políticos que podem ter o registro negado estão Anthony Garotinho (PR-RJ) e Sarney Filho (PV-MA),
que tentam disputar vaga na
Câmara, Jader Barbalho
(PMDB-PA) e Paulo Rocha
(PT-PA), que almejam o Senado, e Jackson Lago (PDT-MA) e Ronaldo Lessa (PDT-AL), candidatos ao governo.
Como a Folha revelou, especialistas avaliam, no entanto, que brechas na legislação podem permitir que candidatos "fichas-sujas" disputem a eleição até o final, com
a possibilidade de decisões
até depois da posse.
O Ministério Público do
Maranhão foi o que mais
ajuizou ações. Ao todo, foram 85 impugnações -17%
do total de inscrições (497).
No Pará, dez foram impugnados, e em Alagoas, seis.
No Rio, a Procuradoria Regional Eleitoral encaminhou
ao Tribunal Regional Eleitoral 36 impugnações, entre
cerca de 2.500 candidatos. O
número deve subir.
INELEGÍVEIS
Para o Ministério Público
de Alagoas, Ronaldo Lessa é
inelegível por ter sido condenado por abuso de poder, político e econômico. Os representantes do candidato e do
partido não foram localizados na noite de ontem.
A Procuradoria do Maranhão impugnou Jackson Lago por sua condenação por
abuso de poder econômico.
Sarney Filho foi condenado por "conduta velada" por
propaganda eleitoral antecipada num site, em 2006.
O advogado de Jackson Lago, Daniel Leite, disse que vai
recorrer, embora seu cliente
não tenha sido informado.
Sarney Filho anunciou
que só vai se pronunciar após
receber a notificação.
No Pará, o Ministério Público quer barrar Jader e Paulo Rocha por terem renunciado a seus mandatos para não
serem cassados.
O PMDB disse acreditar
que Barbalho não será prejudicado pela nova legislação.
A assessoria de Rocha não se
manifestou.
(FÁBIO GRELLET, ELIDA OLIVEIRA, JOÃO PAULO GONDIM E
JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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