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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Ipea detalha dados que fundamentam promessa de Dilma
Ligado à Presidência, instituto divulga pesquisa sobre
pobreza no mesmo dia em que petista inaugura comitê
Órgão nega que estudo
ou divulgação tenham
relação com campanha;
números gerais já foram
lançados em janeiro
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Vinculado à Presidência, o
Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) divulga hoje nova abordagem de
estudo cujos números gerais,
tornados públicos em janeiro, balizam uma das principais promessas da candidata
do PT ao Planalto, Dilma
Rousseff: erradicar a miséria
extrema do país em dez anos.
Horas depois da divulgação do Ipea, que ocorrerá no
Rio de Janeiro, o PT fará em
Brasília um evento com todos os seus aliados para
inaugurar o principal comitê
de campanha de Dilma.
No estudo de janeiro, o
Ipea diz que, se projetados
para 2016 os melhores desempenhos observados de
2003 a 2008 na diminuição
da pobreza, o "Brasil pode
praticamente superar o problema de pobreza extrema" e
alcançar uma taxa de pobreza absoluta de apenas 4%.
O Ipea usa como critério
para pobreza extrema e absoluta as famílias com renda
per capita de até R$ 127,5 e R$
255, respectivamente.
PROMESSA
Desde que deixou a Casa
Civil para se dedicar à pré-campanha, em abril, Dilma
tem repetido a promessa, baseada nos dados do Ipea.
"Acredito que o prazo de
2016 [para erradicação da miséria extrema] é viável, mantido o padrão do governo Lula. Nossa meta pode ser ainda mais ousada. Só não vou
dizer qual porque, se passar
dois dias sem cumpri-la, vão
dizer: "Não cumpriu a meta'",
disse, em maio.
Dias depois, na Bahia, a
ainda pré-candidata cravou
uma data: 2014.
O Ipea argumentou ser válida a nova divulgação pois
estratificará as projeções por
regiões e por Estado, além de
traçar um paralelo entre crescimento econômico e diminuição da desigualdade.
A assessoria do órgão negou que o estudo ou a sua divulgação tenham relação
com campanha política ou
com candidatos.
Os dados serão divulgados
pelo presidente do Ipea, o
economista Marcio Pochmann, que é ligado ao PT e
foi secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da gestão de Marta Suplicy (PT) em São Paulo
(2001-2004).
Em maio, a Folha mostrou
que Dilma e o Planalto promoveram ação casada na
montagem de alguma das
principais propostas da pré-campanha, como a do combate ao crack.
A ideia de mobilização nacional contra a droga foi defendida por Dilma e, 40 dias
depois, surgiu como programa oficial do governo.
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