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Tucano também prepara nova versão de programa
JOSIAS DE SOUZA
DE BRASÍLIA
O documento que José Serra (PSDB) apresentou à Justiça Eleitoral como programa
de governo não é uma versão
final. O texto definitivo ainda
está sendo elaborado pelo
comitê do presidenciável. Só
ficará pronto em agosto.
Coordenador do trabalho,
Francisco Graziano Neto se
apressa em fixar "diferenças" em relação à rival de
Serra, Dilma Rousseff (PT).
"Não dá para comparar o
que acontece com a Dilma
com o nosso processo", diz
Graziano, ex-secretário de
Meio Ambiente de SP.
"Não vamos trocar nada.
Estamos promovendo acréscimos ao documento que foi
entregue ao TSE [Tribunal
Superior Eleitoral]."
Na semana passada, sete
horas depois de ter protocolado o "programa" de Dilma
no TSE, o PT o substituiu por
outro texto.
A segunda versão do programa, edulcorada, suprimiu temas polêmicos -tributação de grandes fortunas e
combate "ao monopólio dos
meios eletrônicos" de comunicação, por exemplo.
Dilma assinara o texto.
Mas renegou-o. Reconheceu
que não lera a peça. "Só rubriquei, não assinei", tentou
justificar-se a petista.
Aproveitando-se do vaivém, o candidato tucano fustigara a rival. Dissera que Dilma e o PT não têm "duas caras, mas várias caras".
É nesse contexto que surge
a notícia de que também o
comitê de Serra lapida o programa levado por ele ao TSE,
uma junção de dois discursos do candidato.
Segundo Graziano, a versão final não resultará em
novo protocolo: "O que está
no tribunal é um conjunto de
diretrizes, que nós estamos
decompondo. Estou trabalhando 40 temas".
"Vamos divulgar as propostas na internet. Você vai
encontrar em todas elas trechos correspondentes dos
discursos do Serra. Não se
trata de mudança, mas de
aprofundamento."
De acordo com Graziano,
está em curso "um processo". O PSDB criou na internet
uma página para receber colaborações dos internautas.
Chama-se "Proposta Serra,
um programa de governo
participativo".
"Em plena era da comunicação, não faz sentido apresentar o projeto acabado no
ato do registro da candidatura. É ultrapassado. Temos de
aproveitar a interatividade
que a internet oferece", afirma Graziano.
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