São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Rio ganha terreno

No rescaldo da Copa, jornais pelo mundo voltaram os olhos para a próxima. No francês "Le Monde", "Brasil busca investidores", falando em "bela festa" no Rio e "enorme polêmica" em São Paulo. A árabe Al Jazeera criticou infraestrutura, aeroportos, estádios. Outros, do tabloide inglês "Daily Mail" ao "Wall Street Journal", listaram previsões para o futebol em 2014: "mais gols", "livre de vuvuzela" e "uma disputa pelo segundo lugar", pois o Brasil deve vencer.
A "Bloomberg BusinessWeek" foi além e, ouvindo Carlos Langoni, Armínio Fraga e até Jim O'Neill, dos Brics, deu que o "Rio ganha terreno sobre São Paulo". Com Copa, Olimpíada, petróleo e a "pacificação das favelas", a cidade encontrou sua nova "identidade", "recuperou interesse" e abriu "ciclo virtuoso".

EPA/wsj.com
Na legenda do "WSJ", "jogar em casa será imensa vantagem"

// BRASIL & TURQUIA LÁ?
No alto das buscas de Brasil no Google News, com o jornal "Tehran Times", EUA, Rússia e França "concordam em incluir Turquia e Brasil nas negociações nucleares". Foi o que falou o chanceler iraniano.
A agência France Presse foi atrás e despachou que "Potências avaliam a presença de Brasil e Turquia nas negociações com o Irã". Diplomatas ocidentais disseram que não foi tomada "decisão formal".

Guerra Até a CNN entrou com a "mesa redonda especial" das rádios e TVs estatais de Cuba com Fidel Castro, ontem, anunciada na capa do "Granma". Ele apontou "risco iminente de guerra", com um ataque de EUA e Israel ao Irã.

Rússia e o Irã Dominando a cobertura da agência russa RIA Novosti, o presidente Dmitri Medvedev e outros trataram do Irã, avisando que está "perto de produzir armas nucleares" e cobrando diplomacia para evitar "fracasso coletivo".

Dinheiro, não Em editorial dos seis meses do terremoto no Haiti, o "Le Monde" atacou "os grandes doadores que prometeram milhões na ONU e não agiram". Só "Brasil e Noruega desbloquearam recursos". À AP, Bill Clinton, "enviado da ONU ao Haiti", mostrou "frustração".

Clinton vs. Obama Nas últimas semanas, como vêm destacando "New York Times" e o site Politico, o ex-presidente priorizou farpas contra o atual, em escalada político-eleitoral que incluiu entrevista à CNN.

// O QUE QUEREM OS BRICS?
O "Financial Times" dá nos destaques da semana a "cúpula União Europeia-Brasil", amanhã.
No site do European Council on Foreign Relations, "think tank" europeu de política externa, Jose Ignacio Torreblanca analisa "o bloco Bric", que cresce em contraste com o "Ocidente Político (EUA, Europa e Japão)". Criticando a desarticulação no G20, em Copenhague e a ação de Brasil e Turquia no Irã, escreve que o resultado da ascensão, por enquanto, é que "o século 21 não tem quem o governe". Pergunta, seguidamente, "o que querem?", em poder e em economia _e afirma que "nem eles" sabem a resposta. Porém "continuam crescendo e o tempo está a seu lado".

// CHINA QUER AL JAZEERA
No rastro de Russia Today, Al Jazeera English (Qatar), France 24, PressTV (Irã) e NHK World (Japão), todos criados nos últimos cinco anos, como sublinhou a BBC, a China acaba de lançar seu canal de notícias em inglês, CNC, ligado à agência Xinhua.
Ontem, o "New York Times" deu três artigos esperançosos, de jornalistas que atuam no país, em resposta à pergunta geral "A China pode ganhar credibilidade jornalística?". Um deles destacou a "admiração chinesa pelos altos padrões da Al Jazeera e por seu sucesso em apresentar uma visão diferente do mundo".

news.xinhuanet.com
MAIS UM
No site da Xinhua, vídeo do CNC promete "notícias globais sob uma nova perspectiva", com "120 sucursais ao redor do mundo". E "mais equipado para noticiar sobre esta potência em ascensão", a China


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