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Servidores do Judiciário vão suspender greve
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
Os servidores do Judiciário Federal decidiram
suspender, na maior parte
do país, a greve nas Justiças Federal, Trabalhista e
Eleitoral. Em alguns Estados, eles estavam parados
havia quase dois meses.
A decisão de voltar ao
trabalho, porém, vale somente para o mês de julho.
Os servidores devem ficar
parados só enquanto houver recesso no Congresso e
em setores do Judiciário.
A categoria marcou para o dia 1º de agosto uma
nova reunião. A maior parte dos representantes dos
sindicatos estaduais deve
votar por retornar à greve.
Os servidores se mobilizam para realizar um
"apagão" no Judiciário federal no próximo dia 4.
Eles querem paralisar os
serviços por 24 horas para
chamar a atenção para as
suas reivindicações.
Os grevistas votaram
pela suspensão da greve
por avaliarem que, no período, ficariam sem interlocução para brigar pela
aprovação do plano de
cargos e salários.
"A rigor, fica uma briga
sem alvo. Consideramos
mais conveniente suspender para retomar mais
adiante", disse Ramiro López, coordenador-geral da
Fenajufe (federação dos
servidores do Judiciário federal e do MPU).
Outro motivo foi o cansaço alegado por parte dos
servidores, que, em alguns
casos, estavam mobilizados havia 65 dias.
No total, 21 Estados e o
Distrito Federal foram afetados pelo movimento.
Desses, apenas Acre, Alagoas, Bahia e Mato Grosso
decidiram manter a greve.
No Amazonas, uma reunião hoje vai decidir sobre
a continuidade da greve.
Em São Paulo, os servidores da Justiça Eleitoral
decidiram voltar ao trabalho hoje. Nas Justiças Federal e Trabalhista, a paralisação dura mais 24 horas, enquanto os grevistas
tentam reverter o corte de
salário pelos dias parados.
Outra greve em São Paulo, a dos servidores do Tribunal de Justiça, continua. A categoria decidiu
parar no dia 28 de abril.
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