|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Plínio defende a legalização da maconha
"Que mal faz um baseado?", questionou o presidenciável do PSOL, que também propôs a extinção do Senado
PSOL repreende Plínio e diz que lançou nomes ao Senado em todo o país; candidato afirma que falou em caráter pessoal
PLÍNIO FRAGA
DO RIO
Apresentando-se como "o
candidato do Twitter e da juventude", Plínio de Arruda
Sampaio, 80, defendeu ontem o direito de aborto, a
união entre pessoas do mesmo sexo e a legalização de
"drogas culturais como a maconha". Propôs ainda a extinção do Senado -um "valhacouto das oligarquias".
A uma plateia de 250 jovens durante debate na PUC-RJ, Plínio questionou: "Que
mal faz um baseado?" E respondeu: "Maconha faz mal
para quem tem distúrbios
psíquicos de fuga porque leva ao consumo de drogas
mais fortes, como crack e cocaína. Mas esta pessoa precisa de tratamento médico.
Drogas culturais -a maconha assim como a bebida (alcoólica)- devem ser não só
liberadas como legalizadas."
Plínio lembrou suas raízes
católicas e disse que pessoalmente entendia que a vida
começa no instante da concepção, mas defendeu o direito ao aborto: "Não é só legalizar. Se a mulher tiver
consciência do ato e de suas
causas, não estiver sendo
pressionada por ninguém,
deve ter direito de fazer o
aborto em hospital público".
Defendeu ainda o "direito
de coçar a barriga, ficar à
toa": "Defendemos a redução da jornada de trabalho
para 40 horas para que as
pessoas possam gozar a existência, não ficar só trabalhando. Temos de combater
a desigualdade", declarou.
À tarde, a direção do PSOL
repreendeu Plínio por ter defendido o fim do Senado, alegando que tem postulantes
ao posto por todo o país. "Fui
repreendido sim e assumo
que falo em caráter pessoal.
Vou defender esta posição
internamente. Se for derrotado, mudo de posição", disse.
Com apoio no relato do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), Plínio contou bastidores
da gravação de sua participação para o "Jornal Nacional".
Disse que a Rede Globo
tenta estigmatizá-lo e que, ao
responder à primeira pergunta, reclamou por ter 3 minutos no telejornal contra 12
dos adversários: "A Globo está me colocando na classe
econômica e os demais candidatos na classe executiva".
Segundo ele, houve uma negociação com o repórter para
que registrasse sua queixa
em um tom mais ameno.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Socialista quer taxar fortuna, mas tem R$ 1,7 mi aplicado Índice
|