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Dilma afirma que não é "agressiva", e sim "assertiva"
Candidata do PT defende nova tática como forma de defesa do que considera ataques da campanha tucana
No horário eleitoral, campanha sobe o tom contra Serra e questiona atuação do tucano como ministro e governador
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Dando sequência ao discurso de seu comando de
campanha, a candidata do
PT à Presidência, Dilma
Rousseff , disse que não está sendo agressiva, e sim "assertiva" em defesa própria.
Dilma buscou justificar a
nova retórica mais uma vez
lembrando do caso de Monica Serra, a mulher do adversário, José Serra (PSDB).
Numa conversa com um
eleitor, Monica teria dito que
a petista defendia "matar
criancinhas", referência à
defesa que Dilma fez da legalização do aborto -abandonada na campanha.
"Fui atacada de forma clara. Quem deixou claro que eu
estava sendo atacada foram
até vocês [jornalistas], que
registraram em todos os jornais há um mês a fala da senhora Monica contra mim."
A petista disse que não fez
nenhum ataque pessoal à família de Serra, mas sim apresentou propostas no debate.
"Não usaria a palavra agressiva. Diria mais assertiva, porque não houve nenhum ataque pessoal", afirmou a candidata.
"Agressiva ela [a campanha] esteve no primeiro turno, quando houve uma campanha de boatos, quando as
pessoas que acusavam não
apareciam", disse ela, que
participou de ato organizado pelo PT-DF para crianças.
Dilma fez desenhos, tirou fotos e tocou um pandeiro.
Na propaganda eleitoral, o
PT desviou do projeto "Dilminha paz e amor" do primeiro turno e espessou o clima plebiscitário da disputa.
Comparações entre os governos Lula e FHC pautaram o programa noturno de TV.
A atuação de Serra como
ministro do Planejamento e
governador de São Paulo
também foi questionada. Os
tucanos são acusados de inibir projetos como Bolsa Família e Minha Casa, Minha
Vida e de serem entusiastas de privatizações.
"O governo do PSDB não
colocava um tostão para ajudar as famílias mais pobres",
disse Dilma na TV.
LULA
A mudança de tática do PT
ocorreu depois que a disputa
passou ao segundo turno.
Em comício anteontem, o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva afirmou que "não se
pode achar que tem eleição
ganha antes do tempo".
"Quando no primeiro turno eu estava indo para o aeroporto, vi que tinha pouco
papel vermelho e muito papel azul. Não se pode cantar
vitória antes do tempo, senão
acontece que nem com Corinthians e Fluminense:
acharam que seriam campeões e perderam uma atrás
da outra", disse.
Colaborou ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, de São Paulo
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