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OUTRO LADO
Deputado eleito e empresas negam influência da Anvisa sobre doações
DE SÃO PAULO
O deputado eleito Newton
Lima (PT-SP) disse que nunca discutiu o financiamento
de sua campanha com o diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Dirceu Barbano e que
não usou sua ligação para
obter doações de empresas.
"Nossa relação pessoal
não tem nada a ver com os
compromissos que assumi
com a indústria ou com as
contribuições que recebi."
Ele disse que se aproximou do setor na campanha
por causa de seu interesse
em promover a inovação tecnológica e fortalecer a indústria. "O tema sempre me
preocupou e estou à vontade
para defendê-lo", afirmou.
Barbano disse que nunca
discutiu doações com empresários. Ele afirmou que não
tomou nenhuma medida para que fossem reexaminadas
as decisões da agência sobre
o selo de segurança para remédios criado pelo governo.
"Todas as questões sobre
as quais tive dúvidas foram
esclarecidas nas reuniões [da
diretoria da agência]", disse.
Barbano negou ter sugerido a representantes da indústria que deveriam esperar
o fim da eleição presidencial
para rever a questão. "Desconheço e considero inverídica
qualquer manifestação nesse
sentido atribuída a mim."
Os laboratórios que contribuíram com Newton Lima
disseram que nunca discutiram o assunto com Barbano.
O presidente do Sindusfarma, Omiton Visconde Júnior,
dono do laboratório Segmenta, disse que apoiou Lima por
ter interesses em comum
com ele: "Ele representa a
minha região e se preocupa
com ciência e tecnologia".
"Um amigo industrial,
amigo do deputado, perguntou se poderia cooperar com
a campanha e fiz a doação",
disse Josimar Henrique da
Silva, presidente do Hebron.
"No processo de escolha
dos beneficiários de eventual
doação [da empresa], não há
influência de órgãos públicos", disse o Eurofarma.
(RB)
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