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Empresas vão pagar R$ 800 mi por novo selo
DE SÃO PAULO
A indústria farmacêutica estima em R$ 800 milhões os custos que terá
para adotar o novo selo de
segurança criado pela Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária).
Segundo o plano da Anvisa, o selo será produzido
e distribuído pela Casa da
Moeda e terá um código de
barras bidimensional para
armazenar informações. O
prazo para implantação do
sistema termina em 2012.
Cada selo custará
R$ 0,10. A indústria farmacêutica vende cerca de 4
bilhões de caixas de remédios por ano. Os custos estimados pela indústria incluem gastos com máquinas e a reorganização de
suas linhas de produção.
"O consumidor vai pagar essa conta", disse o vice-presidente-executivo
do Sindusfarma (Sindicato
da Indústria Farmacêutica
do Estado de São Paulo),
Nelson Mussolini. "Descontos que muitos laboratórios oferecem no varejo
poderão ser reduzidos."
A indústria propôs à Anvisa que os novos códigos
de barras fossem impressos diretamente nas caixas
dos remédios, o que tornaria os selos dispensáveis e
os custos, bem menores.
Mas a Anvisa diz que só
o selo da Casa da Moeda
será capaz de garantir a
autenticidade dos remédios. "Os custos serão irrisórios e poderão ser absorvidos pelas empresas sem
repasses para o consumidor", disse o coordenador
do projeto na Anvisa, Pedro Ivo Sebba Ramalho.
O selo deverá incorporar tecnologias e materiais
desenvolvidos pela Arjo
Wiggins, uma empresa
francesa que é a principal
fornecedora da Casa da
Moeda e a única produtora
de papel-moeda do país.
A Casa da Moeda ainda
não fechou o contrato com
a empresa e não soube estimar o valor dos investimentos que terá que fazer
para produzir os selos.
(RB)
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