São Paulo, sábado, 13 de novembro de 2010

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Empresas vão pagar R$ 800 mi por novo selo

DE SÃO PAULO

A indústria farmacêutica estima em R$ 800 milhões os custos que terá para adotar o novo selo de segurança criado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo o plano da Anvisa, o selo será produzido e distribuído pela Casa da Moeda e terá um código de barras bidimensional para armazenar informações. O prazo para implantação do sistema termina em 2012.
Cada selo custará R$ 0,10. A indústria farmacêutica vende cerca de 4 bilhões de caixas de remédios por ano. Os custos estimados pela indústria incluem gastos com máquinas e a reorganização de suas linhas de produção.
"O consumidor vai pagar essa conta", disse o vice-presidente-executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini. "Descontos que muitos laboratórios oferecem no varejo poderão ser reduzidos."
A indústria propôs à Anvisa que os novos códigos de barras fossem impressos diretamente nas caixas dos remédios, o que tornaria os selos dispensáveis e os custos, bem menores.
Mas a Anvisa diz que só o selo da Casa da Moeda será capaz de garantir a autenticidade dos remédios. "Os custos serão irrisórios e poderão ser absorvidos pelas empresas sem repasses para o consumidor", disse o coordenador do projeto na Anvisa, Pedro Ivo Sebba Ramalho.
O selo deverá incorporar tecnologias e materiais desenvolvidos pela Arjo Wiggins, uma empresa francesa que é a principal fornecedora da Casa da Moeda e a única produtora de papel-moeda do país.
A Casa da Moeda ainda não fechou o contrato com a empresa e não soube estimar o valor dos investimentos que terá que fazer para produzir os selos. (RB)


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