|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Campanhas de deputados eleitos pelo PT em SP foram as mais caras
Juntos, petistas que vão para a Assembleia usaram R$ 27 milhões
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
Para eleger a maior bancada da Assembleia de São
Paulo, em oposição ao governo Geraldo Alckmin (PSDB),
os 24 deputados eleitos pelo
PT fizeram as campanhas
mais caras do Estado e gastaram, juntos, R$ 27 milhões.
Das 10 campanhas mais
caras entre os eleitos, 6 foram
de petistas: Edinho Silva, Rui
Falcão, Alencar Santana,
João Antonio, Adriano Diogo
e Carlos Grana.
A média do custo por eleito
petista foi de R$ 1,1 milhão.
Para ter ideia do que significa
o valor, essa média é idêntica
à desembolsada pelos 88 deputados federais eleitos pelo
partido. Em geral, campanhas para a Câmara dos Deputados são mais caras do
que para as Assembleias.
Na sequência, aparece o
PSDB, cujos 23 eleitos desembolsaram R$ 20 milhões,
conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tabulados pela Folha.
Entre os partidos que elegeram mais deputados, o PV
foi o que menos gastou: R$
3,7 milhões por nove cadeiras conquistadas.
O desempenho dos verdes
foi puxado pelas votações
significativas de Marina Silva, candidata à Presidência
da República, e Fábio Feldman, ao governo paulista.
As duas campanhas mais
caras entre os vencedores foram a de Rui Falcão (PT) e a
de Campos Machado (PTB),
ambos reeleitos para o cargo.
Os dois declararam despesas
de R$ 2,9 milhões.
Falcão foi um dos coordenadores da campanha da
presidente eleita Dilma
Rousseff (PT). Machado é
presidente estadual do PTB e
aliado dos tucanos.
FINANCIADORES
Em comparação à atual
composição da bancada, os
petistas ganharam quatro vagas. O PSDB ficará do mesmo
tamanho, embora alguns deputados possam eventualmente dar lugar a suplentes
para assumir cargos na gestão Alckmin.
Na lista dos principais financiadores, despontam as
construtoras e incorporadoras, que doaram R$ 12,7 milhões. Desse total, o maior
volume foi para eleitos pelo
PT: R$ 5 milhões.
A bancada tucana arrecadou R$ 2,7 milhões do setor, e
a do DEM, R$ 2,3 milhões.
Elas formarão o pilar da base
de Alckmin na Casa.
Outra área de atividade
que se destaca entre os doadores da nova Assembleia é a
do agronegócio e de alimentos, com R$ 4,5 milhões. Nesse setor, o principal destino
dos recursos foi o PSDB, com
R$ 1,7 milhão, seguido do
DEM, com R$ 855 mil.
Os dados das prestações
de contas mostram ainda que
os partidos repassaram R$ 8
milhões para ajudar na eleição de suas bancadas.
O PT aparece novamente
no topo da lista, com R$ 4,9
milhões injetados nas campanhas. O PSDB aplicou R$
2,3 milhões.
Texto Anterior: Empresas vão pagar R$ 800 mi por novo selo Próximo Texto: Alckmin tenta desatar nó para secretariado Índice | Comunicar Erros
|