São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011 |
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Ascensão social reduz evangélicos, diz líder da CNBB Para o novo presidente da instituição, classe C estuda e lê mais, se torna mais crítica e se aproxima da Igreja Católica Deputado Eduardo Cunha, da bancada dos evangélicos na Câmara, contesta a afirmação: "ocorre o contrário", diz MATHEUS MAGENTA ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA (SP) O novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raymundo Damasceno Assis, disse ontem que a ascensão social de quase 30 milhões de pessoas nos últimos anos as tornou mais "críticas" e, por isso, teria diminuído a presença evangélica no país. "Elas começam a ler mais, a estudar mais, e por isso são mais críticas em relação a muitas posturas hoje na sociedade", afirmou, após o encerramento da 49ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). D. Raymundo Damasceno Assis não soube precisar a fonte das informações, mas afirmou que a nova classe média, ao mesmo tempo em que se afastou das igrejas evangélicas, se aproximou da Igreja Católica. Segundo o Datafolha, a população católica perdeu fiéis na última década, e a população evangélica cresceu. Para o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), membro da bancada evangélica, o que ocorre no país é "exatamente o contrário". "O número de evangélicos cresceu em todos os segmentos de renda. E, com o progresso das classes, têm surgido muitas comunidades evangélicas voltadas para a classe média", afirmou. Ontem, ao tomar posse como presidente da CNBB pelos próximos quatro anos, d. Raymundo Damasceno Assis assumiu como principal desafio fortalecer o papel missionário da Igreja Católica no país. Ele disse que as paróquias precisam sair do "comodismo" e buscar fiéis. Atualmente, o principal alvo da Igreja Católica são os jovens. Uma das estratégias para conquistá-los é o uso da internet e das redes sociais, como defendeu o cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, em entrevista durante a assembleia. Já d. Raymundo Damasceno aposta fichas também na escolha do Brasil para sediar a jornada mundial da juventude em 2013, que terá a presença do Papa Bento 16. CONCILIADOR Segundo membros da CNBB, o novo presidente tem um perfil conciliador. Questionado pela Folha sobre como avalia o governo Dilma Rousseff, ele disse que é de forma positiva e que a presidente é uma pessoa "discreta", que aparece apenas "nos momentos mais importantes". O presidente da CNBB não quis comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que equiparou a união civil homoafetiva à heterossexual, na semana passada. Em nota, CNBB afirmou que o Supremo ultrapassou "os limites de sua competência" e que a decisão cabia ao Congresso Nacional. Texto Anterior: Eleitor é jovem e vê a educação como prioridade Próximo Texto: Foco: Igreja divulga detalhes sobre milagre atribuído à irmã Dulce Índice | Comunicar Erros |
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