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Serra e governo distorcem dados sobre estradas
Tucano citou informações que não constam de pesquisa e ministério mudou enfoque
DE BRASÍLIA
DE PORTO ALEGRE
O candidato tucano à Presidência, José Serra, distorceu dados sobre as estradas
do país e o Ministério do
Transportes respondeu na
mesma moeda: usou os dados de forma a defender o governo Lula.
Na entrevista dada ao "Jornal Nacional", da TV Globo,
Serra afirmou que 70% das
estradas federais estavam esburacadas e que a Fernão
Dias estava fechada.
Pesquisa da Confederação
Nacional dos Transportes, de
2009, porém, informa diferente. Há 69% de estradas
cujo estado de conservação é
regular, ruim ou péssimo, segundo a pesquisa, incluindo
problemas de pavimentação,
sinalização e geometria.
Para se defender, o Ministério dos Transportes usou a
parte da pesquisa que fala só
do pavimento para dizer que
88% das estradas estavam
com asfalto ótimo, bom ou
regular -e descaracterizou o
levantamento. No documento, os técnicos alertam que,
nos trechos regulares (37%),
é preciso dirigir com atenção.
Sobre as estradas federais
sob concessão em São Paulo,
o tucano disse que o modelo
petista não estava funcionando. A pasta, em resposta,
desconversou.
Serra também disse que a
rodovia Fernão Dias estava
fechada. Suas faixas realmente ficaram bloqueadas
por três meses após um deslizamento, mas já foram reabertas com um desvio.
Enquanto isso, a candidata do PT Dilma Rousseff voltou a criticar a gestão Serra
no Estado de SP e chamou os
pedágios paulistas de "imposto escamoteado".
Ela comparou o modelo federal, em que o vencedor da
licitação é o que oferece o
menor preço de pedágio,
com o regime de outorga, em
que o escolhido é o que oferece o maior valor ao Estado
pela concessão.
(DIMMI AMORA e GRACILIANO ROCHA)
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