São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2010

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Serra e governo distorcem dados sobre estradas

Tucano citou informações que não constam de pesquisa e ministério mudou enfoque

DE BRASÍLIA
DE PORTO ALEGRE

O candidato tucano à Presidência, José Serra, distorceu dados sobre as estradas do país e o Ministério do Transportes respondeu na mesma moeda: usou os dados de forma a defender o governo Lula.
Na entrevista dada ao "Jornal Nacional", da TV Globo, Serra afirmou que 70% das estradas federais estavam esburacadas e que a Fernão Dias estava fechada.
Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, de 2009, porém, informa diferente. Há 69% de estradas cujo estado de conservação é regular, ruim ou péssimo, segundo a pesquisa, incluindo problemas de pavimentação, sinalização e geometria.
Para se defender, o Ministério dos Transportes usou a parte da pesquisa que fala só do pavimento para dizer que 88% das estradas estavam com asfalto ótimo, bom ou regular -e descaracterizou o levantamento. No documento, os técnicos alertam que, nos trechos regulares (37%), é preciso dirigir com atenção.
Sobre as estradas federais sob concessão em São Paulo, o tucano disse que o modelo petista não estava funcionando. A pasta, em resposta, desconversou.
Serra também disse que a rodovia Fernão Dias estava fechada. Suas faixas realmente ficaram bloqueadas por três meses após um deslizamento, mas já foram reabertas com um desvio.
Enquanto isso, a candidata do PT Dilma Rousseff voltou a criticar a gestão Serra no Estado de SP e chamou os pedágios paulistas de "imposto escamoteado".
Ela comparou o modelo federal, em que o vencedor da licitação é o que oferece o menor preço de pedágio, com o regime de outorga, em que o escolhido é o que oferece o maior valor ao Estado pela concessão. (DIMMI AMORA e GRACILIANO ROCHA)



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