São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Para Gilberto Carvalho, candidata "evoluiu" sobre aborto

DE BRASÍLIA

Chefe de gabinete do presidente Lula e um dos principais interlocutores do PT com a Igreja Católica, Gilberto Carvalho afirmou ontem que Dilma Rousseff (PT) passou por uma "evolução do pensamento" em relação à questão do aborto.
Antes da campanha, Dilma se manifestou favorável, pelo menos duas vezes, à descriminalização do aborto.
Já na campanha, se disse contra o aborto e favorável à manutenção da legislação atual, que só permite a prática em casos de estupro e risco de morte para a mãe.
(RANIER BRAGON e MÁRCIO FALCÃO)

 

Folha - O que o sr. achou do panfleto de um braço da CNBB, que associa Dilma à defesa do aborto?
Gilberto Carvalho -
Não é uma vontade da igreja. A CNBB já reafirmou que não tem posição na atual campanha e que quem fala pela CNBB é só seu comando. Não tenho dúvida de que o campo adversário utilizou-se de um documento produzido por um braço da entidade e o distribuiu com fins eleitorais.

Como vê esse documento?
Acho um absurdo, cheio de mentiras. Ele não olha a condição da realidade brasileira, se presta a uso eleitoral do mais baixo nível.

Mas a Dilma defendeu, antes da eleição, a descriminalização. Agora, ela se diz contra.
É um processo de evolução dela nessa questão.

Não há uma contradição?
Não vejo contradição, mas evolução do pensamento. Ela, vendo a realidade do país, toma essa atitude...

Não seria bom ela dizer isso?
O que importa é a afirmação agora. Essa é a posição. Não adianta: quando há má-fé, por mais que a pessoa diga, o boato segue se espalhando. Estamos preocupados, mas não faremos disso o centro da campanha.


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