São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Petistas criticam reacionarismo nas eleições

CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

O governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, comparou os ataques com viés religioso a Dilma Rousseff ao período pré-golpe de 1964, "quando os setores mais reacionários da igreja" levantavam o "fantasma do comunismo" para frear reformas sociais.
"Eu só me lembro de uma mobilização conservadora e fundamentalista como essa no preparo do golpe." Ele acha que hoje não há "golpismo", mas uma "articulação do tucanato" com esses setores para "golpear a opinião pública, criando preconceitos. Mas estamos num processo democrático firme e isso vai ser disputado no campo da política".
A crítica ao "fundamentalismo regressivo e medieval" também foi feita pelo ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), durante homenagem na OAB-RJ ao juiz espanhol Baltasar Garzón: "A religião é muito importante na vida das pessoas para ser aviltada. O debate político deve ser em torno de questões laicas".
Ele comparou a situação brasileira à da Espanha, onde Garzón foi suspenso por abrir investigação sobre os crimes do franquismo: "As forças que foram deslocadas no fortalecimento da democracia exercitam uma tentativa de recuperação".
Sobre o aborto, Vannuchi afirmou que o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos já alterado após as críticas.
Ligado à Igreja Católica, o deputado Alessandro Molon (PT) disse que já corre na internet um abaixo-assinado de religiosos pró-Dilma, entre eles d. Demétrio Valentini, bispo de Jales.


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