São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Nomeado diz que não podia se negar a acessar extrato

DE SÃO PAULO

Quase cinco anos após acessar os dados bancários de Francenildo Costa, Jeter Ribeiro de Souza disse que só cumpriu ordem do então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
Ele afirmou ter seguido determinação repassada pela então superintendente de recursos humanos do banco, Sueli Mascarenhas.
"Foi uma solicitação do presidente. Eu não podia me negar a cumprir a ordem para retirar o extrato."
Souza classificou o ato como "corriqueiro" e disse não ter praticado quebra de sigilo, pois manteve no banco as informações que obteve.
Afirmou ainda que não sabia o que seria feito com o extrato. "Não fazia ideia. Me pediram um documento e eu emiti. Infelizmente, o documento o documento virou este problema todo."
O assessor disse não ter relações com Antonio Palocci, derrubado da Fazenda por causa do escândalo. "Na época, só tinha visto o Jorge Mattoso duas vezes."
Ele afirmou que o ministro não influiu em sua nomeação "de maneira alguma" e que se submeteu a entrevista para obter o novo cargo.
Souza disse que depôs à Polícia Federal como testemunha do inquérito que apurou a quebra do sigilo do caseiro. Ele foi inocentado numa sindicância da Caixa que terminou sem apontar nenhum culpado pela violação.
O ex-gerente afirmou que a vinculação com o episódio é "desagradável" para ele. "Foi uma coisa péssima. É um ônus que você carrega para toda a vida. Tudo o que você faz fica sob suspeição."
Acrescentou ter perdido o interesse pelo caso. "Não acompanhei mais o que aconteceu", disse.


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