São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011

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Presidente da Assembleia de São Paulo será reeleito

Com o apoio do PT, tucano Barros Munhoz deve ter 92 dos 94 votos

Acusações de desvio de verbas causaram constrangimento, mas prevaleceu acordo para distribuição de cargos

FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Com os votos da bancada do PT, o deputado Barros Munhoz (PSDB) será reeleito hoje para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele deverá ter 92 dos 94 votos possíveis.
O PT, que na legislatura que começa nesta terça-feira terá a maior bancada do Legislativo paulista pela primeira vez em sua história, com 24 deputados, ajudará a reconduzir Munhoz para não perder os cargos que tem hoje na Mesa Diretora.
Pelo acordo, os petistas continuarão no comando da primeira-secretaria, responsável pelas finanças e pelo departamento de Recursos Humanos. Ela será ocupada pelo deputado Rui Falcão.
A composição com os tucanos indica que, embora a bancada petista tenha crescido, o poder de fogo da oposição ainda é pequeno. Além do PT, farão oposição apenas outros quatro deputados: Leci Brandão e Pedro Bigardi, ambos do PC do B; Carlos Giannazi (PSOL) e Major Olímpio (PDT).
Os dois últimos sairão candidatos na eleição de hoje, e deverão contar apenas com seus próprios votos.
Composta por 28 deputados, a oposição não tem assinaturas suficientes para instalar CPIs, antiga dificuldade do PT, que clama por mais fiscalização do Executivo -para protocolar uma CPI são necessários 32 votos.
Para isso, os petistas esperam contar com o PMDB, que se disse independente após naufragarem as conversas com a equipe de transição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no fim de 2010. A bancada peemedebista, que ainda pretende integrar o governo, terá cinco deputados.

CONSTRANGIMENTO
Publicamente, líderes partidários manifestaram apoio ao presidente da Assembleia após reportagens da Folha mostrarem que Munhoz é acusado pelo Ministério Público de participar do desvio de R$ 3,1 milhões dos cofres de Itapira (SP) na época em que era prefeito da cidade.
Em privado, no entanto, até mesmo deputados tucanos disseram haver um constrangimento na Casa e no Palácio dos Bandeirantes por causa das denúncias.
Caso o vice-governador, Afif Domingos (DEM), se lance candidato a prefeito em 2012, Munhoz se tornará o primeiro na linha sucessória de Alckmin.

CARGOS
Aldo Demarchi (DEM) integrará a Mesa, como segundo-secretário. Os deputados Ênio Tatto (PT) e Orlando Morando (PSDB) serão os líderes de seus partidos. Samuel Moreira (PSDB) é o líder do governo. Celso Giglio (PSDB), que hoje é líder do partido, deverá ser o vice-presidente.


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