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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Marina e Aldo batem boca por ação em fazenda de vice
Deputado cita investigação do Ibama sobre Guilherme Leal e candidata o acusa de fazer "estelionato ambiental" no Congresso
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Relator da reforma do Código Florestal na Câmara, o
deputado Aldo Rebelo
(PCdoB-SP) trocou farpas ontem com a presidenciável
Marina Silva (PV), que se
opõe às mudanças na lei.
Ele ironizou a investigação
do Ibama sobre suposto crime ambiental na fazenda do
vice da senadora, Guilherme
Leal, em Uruçuca (BA). A
provocação irritou Marina,
que o acusou de cometer "estelionato ambiental".
Segundo Rebelo, a ação na
fazenda de Leal seria uma
prova do suposto rigor excessivo do código em vigor.
"Neste negócio de desmatamento ilegal, parece que
na República não escapa ninguém. Nem os que têm mais
compromisso com a sustentabilidade", alfinetou.
"Acredito na boa-fé dele e
de milhões de agricultores
brasileiros que estão na mesma situação. Mas, por mais
bem informado que seja, o
Guilherme Leal pode ter sido
surpreendido", disse.
Ao saber das declarações,
Marina disse que seu vice está "inteiramente tranquilo" e
respondeu em tom ríspido.
"O deputado não pode
usar isso como justificativa
para o estelionato ambiental
que estão tentando promover com a mudança do código", afirmou.
Ela se declarou surpresa
com Rebelo. "Ele falou isso
mesmo? Que coisa primária...", disse a jornalistas.
Os dois quase se encontraram ontem, em evento da
UGT (União Geral dos Trabalhadores). Representando
Dilma Rousseff (PT), Rebelo
foi embora antes da chegada
da senadora, com uma hora
de atraso. A organização intercedeu nos bastidores para
evitar o encontro.
SLOGAN LULISTA
Em discurso para 300 sindicalistas, Marina se comparou ao presidente Lula e usou
slogan de campanha dele em
1989 para pedir votos.
"O Brasil perdeu o medo
de ser feliz e pode continuar
ousando e escolher a primeira mulher presidente", disse.
"Vocês podem continuar votando num Silva, porque eu
também sou Silva."
Ela afirmou ter origem semelhante à de Lula, e acrescentou que os trabalhadores
perderam o medo de votar
"em alguém igual à gente".
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