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Impugnações aumentaram até 120 vezes
DE SÃO PAULO
DE PORTO ALEGRE
O número de impugnações propostas pelos Ministérios Públicos Eleitorais
nos Estados cresceu até 120
vezes na comparação com
2006. Houve aumento em 11
dos 12 Estados que repassaram seus dados à Folha.
A impugnação é uma
contestação a uma candidatura feita durante o processo de registro, que pode ou
não ser acatada pelos TREs.
Mas o aumento não pode
ser atribuído à Lei da Ficha
Limpa, que entrou em vigor
neste ano, porque a maioria
das impugnações, segundo
os procuradores, decorre de
falta de documentação.
Em Alagoas, as impugnações passaram de 3 para 383
entre 2006 e 2010 -um aumento de 12.667%. Na opinião do presidente do TRE,
Estácio Gama, o aumento se
deve ao "trabalho diligente" do novo procurador.
Outros Estados com um
elevado aumento nas ações
foram o Ceará, onde elas
passaram de 12 para 43 (aumento de 258%), e Acre,
que registrou 38 impugnações neste ano, contra 7 em
2006 (aumento de 443%).
Também houve aumento
em Pernambuco (175%),
Rio Grande do Sul (27%),
Santa Catarina (83%), Amapá (120%), Goiás (159%) e
Sergipe (117%). O único Estado consultado em que
houve queda foi o Paraná
-de 33, em 2006, para 22.
Para o procurador eleitoral gaúcho, Carlos Augusto
Cazarré, o pequeno aumento das impugnações no Estado (de 22 para 28) pode ser
atribuído ao fato de os partidos terem se acautelado,
evitando registrar políticos
passíveis de impugnação.
Entre os 28 atingidos está
o candidato a vice-governador na chapa de José Fogaça (PMDB), Pompeo de Mattos (PDT), condenado por
abuso de poder econômico.
Ele atribuiu a impugnação a
uma perseguição política
por parte da Procuradoria e
avalia que já cumpriu o período de inelegibilidade.
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