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Polícia investiga empresa de irmão de agente federal
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ (AP)
A Servi San, empresa de vigilância que tem como gerente um irmão de Romero Menezes, ex-número dois da Polícia Federal, presta serviços
para o TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Amapá, um
dos órgão que, segundo a
própria PF, desviou verbas
públicas no Estado.
O administrador da Servi
San em Macapá disse que o
contrato com o TCE foi levado por policiais federais para
ser analisado em Brasília,
durante a Operação Mãos
Limpas, que, na sexta-feira,
prendeu o presidente do tribunal, Júlio de Miranda.
Questionado sobre como
sabia que o contrato estava
lá, ele disse que era uma "dedução", uma vez que "quando eles [policiais federais]
vêm, eles vêm atrás de contrato grande". O administrador, porém, não quis dizer o
valor do contrato nem seu
nome -só Lisandro.
Segundo Lisandro, o contrato é regular e foi firmado
por meio de um pregão presencial. O processo, porém,
foi contestado por outras empresas no TCE. Por isso o serviço só começou a ser prestado em abril deste ano, disse.
No TCE, a Folha averiguou
que, de fato, vigilantes da
Servi San guardam o prédio.
A reportagem tentou entrevistar o vice-presidente,
Manoel Dias, o diretor-geral,
Damilton Salomão, e a diretora de recursos humanos,
Neuci Vasques. Todos disseram estar "em reunião".
Há dois anos, Romero Menezes foi preso por ter supostamente beneficiado a empresa do irmão no AP. À época, era diretor-executivo da
PF, abaixo apenas do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa
-que lhe deu voz de prisão.
Sobre ele recaíram as suspeitas de ter cometido advocacia administrativa, tráfico
de influência e corrupção
passiva privilegiada. Ele nega ter agido ilegalmente.
Ontem, a reportagem contatou a assessoria da PF em
Brasília. Até a conclusão desta edição, não havia retorno.
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