São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

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foreignpolicy.com/deep_dive
No site Mergulho Profundo http://www.foreignpolicy.com/deep_dive , além de Amorim e Castañeda, um longo ensaio de Bruce Jones, da Brookings, "Como os EUA se tornaram o maior acionista minoritário da nova ordem global"

Sob o título acima, a "Foreign Policy" e a instituição Brookings destacam artigo do ex-chanceler Celso Amorim, no lançamento de novo site sobre "A ordem mundial pós-americana". No longo texto, Amorim diz "por que Obama deve apoiar o esforço do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança". Em suma, "a simples realidade do poder global não se reflete mais no Conselho" -enquanto, em outras frentes, destacando o G20 e o FMI, "o sistema global já reflete a nova realidade geopolítica". E nela o Brasil, "pura e simplesmente, tem influência".
Em contraponto, o ex-chanceler do México Jorge Castañeda escreve "por que é cedo para dar assento permanente ao Brasil". Em suma, os Brics "não estão preparados", suas palavras "não são sustentadas por peso militar" como nas "potências tradicionais do Ocidente". Fecha sugerindo esperar a presidência do México no G20, como "boa oportunidade para ver se os emergentes estão amadurecendo".

Redefinindo
Instituição próxima a Obama, a Brookings postou em seu próprio site o texto "Redefinindo a relação EUA-Brasil". Sublinha divergências diplomáticas e comerciais e encerra aconselhando: "Os EUA devem encorajar a busca do Brasil por um assento no Conselho". Argumenta que ascensão do país como ator global se mostra "institucionalmente sustentável".

Destravando
Outras instituições de política externa, como Americas Society/Council of the Americas, adiantaram análises ontem. A presidente da AS/COA, Susan Segal, postou no Huffington Post que é uma "oportunidade enorme para Obama destravar" relações. Disse esperar que a viagem traga "um novo amanhecer", mas passou ao largo da cadeira no Conselho.

A VIAGEM ESTÁ DE PÉ
"O Globo" destacou que "o Brasil deve finalmente receber o aval dos EUA para integrar o Conselho de Segurança", na visita.
E começou a cobertura americana, com o "Wall Street Journal" ressaltando, de um assessor de Obama, que "esta viagem é fundamentalmente sobre exportações dos EUA e a relação da América Latina com nosso futuro econômico e nossos empregos". E a Associated Press noticiou que o porta-voz de Obama confirmou a visita, apesar da crise no Japão: "A viagem está de pé, o presidente vai".

Radiação
As notícias de Japão, à noite, frisavam a radiação crescente. E a manchete do "China Daily" alertava que a "Radioatividade pode entrar na cadeia de alimentos" -e que a "Tailândia decidiu testar alimentos importados do Japão".

GE se defende
Na submanchete on-line do "New York Times", as "falhas de projeto nos reatores" japoneses, da americana General Electric. Na home do "WSJ" ao longo do dia, por outro lado, "GE defende desenho de reator atingido".

REI VOLTA A MATAR
Deixando de lado o Japão, o "Financial Times" chegou a dar a ocupação saudita do Bahrein em sua manchete de papel, na edição americana. E fechando o dia, abaixo apenas do Japão, o "NYT" destacou ontem dois mortos "horas depois que o rei declarou estado de emergência".
O jornal diz que "não há evidência de que os protestos tenham patrocínio iraniano" ou de que um policial tenha sido morto, acusações feitas pela monarquia. E cita uma "autoridade saudita", que relatou que "os EUA foram informados no domingo que os soldados sauditas entrariam no país na segunda".
No princípio dos protestos, a polícia já havia matado sete manifestantes.

Tropeço
O Council on Foreign Relations, de Nova York, postou análise avaliando que a "Arábia Saudita tropeça ao entrar no Bahrein", criticando a "intervenção", o que Washington se recusou a fazer -chegando a questionar a "violência sectária" dos xiitas do país.

Cinismo
Em editorial sobre a "chegada dos soldados sauditas ao Bahrein", o britânico "Financial Times" avisou que a decisão da Arábia Saudita só "garante a radicalização" -e que "a política ocidental em tudo isso começa a parecer cínica, além de pouco competente".

O MOMENTO PASSOU
Em meio às notícias sobre o avanço dos soldados líbios sobre os rebeldes, o "FT" postou na home o "temor de que o momento para uma intervenção passou". No destaque do "Guardian", foi a Alemanha que "bloqueou plano para zona de exclusão aérea".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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