São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011 |
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Dilma diz que nomes para o Dnit agora são escolha dela Presidente afirma que não aceitará mais indicações políticas para o órgão Oposição tenta reunir assinaturas para criar uma CPI para investigar as irregularidades na pasta dos Transportes VALDO CRUZ CATIA SEABRA DE BRASÍLIA A presidente Dilma Rousseff avisou ontem a assessores que, depois de mais um afastamento de diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) sob suspeita de irregularidades, não aceitará mais indicações políticas para o órgão. A partir de agora, ela vai decidir pessoalmente a escolha dos novos nomes do comando do departamento e optará por técnicos para a nova diretoria. O atual colegiado era comandado por indicados principalmente pelo PR e pelo PT. Dilma já estava decidida a dar preferência a técnicos, mas ontem reforçou essa disposição e informou sua equipe que irá compor uma diretoria técnica para o órgão, sem vinculações políticas. A decisão vale para a direção do órgão em Brasília, formada por sete diretores. Segundo integrantes do governo, a presidente também está disposta a rever as regras para a composição do colegiado. A explosão da crise, em meio ao recesso parlamentar, e despertou o governo para a necessidade de mudanças. Como os diretores são sabatinados no Congresso - parado desde ontem - e só o diretor-executivo pode substituir o diretor-geral, o Dnit corria risco de paralisia nos próximos dias. Nas conversas, a presidente manifestou preocupação com o desmonte do órgão, já que, dos sete diretores, apenas três titulares se manteriam nos postos com as férias do diretor-geral, Luiz Antonio Pagot, e a demissão José Henrique Sadok de Sá, seu interino. Outras duas cadeiras já estão vazias. Como a diretoria toma decisões de forma colegiada, o quadro atual pode ser de falta de quorum para deliberações. Ainda ontem o governo analisava a possibilidade de indicar nomes temporariamente até que os substitutos definitivos tenham seus nomes encaminhados e aprovados pelo Senado. INVESTIGAÇÃO Líderes da oposição no Congresso disseram ontem que o afastamento de mais dois dos Transportes reforça a necessidade de "investigação profunda" na pasta. Ontem, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) também defendeu uma CPI para apurar as denúncias de corrupção no ministério. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirma que até agora já coletou 23 assinaturas para o pedido de abertura de uma CPI do Dnit e espera chegar às 27 assinaturas necessárias em agosto. Texto Anterior: Outro lado: Empresária nega irregularidades nos contratos Próximo Texto: Lula contesta "herança maldita" e diz que Passos foi seu ministro Índice | Comunicar Erros |
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