São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

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Lula contesta "herança maldita" e diz que Passos foi seu ministro

Novo titular dos Transportes já ocupou cargo duas vezes, diz ex-presidente

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Para rebater a tese da oposição de que a presidente Dilma Rousseff aproveitou a crise nos Transportes para se livrar de sua "herança maldita", o ex-presidente Lula disse que o novo ministro Paulo Sérgio Passos chefiou a pasta duas vezes em sua gestão.
"É importante lembrar que o ministro dos Transportes do ano passado é o companheiro que assumiu agora e também em março de 2004", afirmou ontem, em evento sindical em São Paulo.
No governo Lula, Passos foi secretário-executivo dos Transportes. Tornou-se ministro por um ano, entre 2006 e 2007, e reassumiu o cargo em março do ano passado, quando o ex-ministro Alfredo Nascimento saiu para disputar o Senado.
Nascimento foi mantido por Dilma na cota política do governo, mas caiu neste mês após escândalo de corrupção envolver o órgão e a cúpula de seu partido, o PR.
Nesta semana Passos foi efetivado pela presidente, que o considera um técnico.
Depois de apadrinhar a escolha de Dilma, Lula defendeu investigações. "À medida que tem uma denúncia, não importa de quando, o importante é que ela seja investigada", afirmou.
No discurso, o ex-presidente defendeu o legado de seus oito anos de governo e afirmou que voltará a "andar pelo Brasil". "Eu disse no início do ano que ia entrar num processo de desencarnação. Agora vou voltar a andar. Vou voltar a incomodar algumas pessoas", afirmou.
Ontem o ex-presidente também lançou o site do seu instituto (icidadania.org).
Ele divulgou um vídeo e disse que usará a internet para "falar bem e falar mal dos outros". E ironizou: "Vocês sabem que os meus amigos da imprensa continuam falando muito bem de mim".
Anteontem, em congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Goiânia, Lula desdenhou do alcance dos grandes jornais.
"Aquele jornal, de caráter nacional, não sai do Rio", disse, referindo-se ao jornal "O Globo". "E os grandes de São Paulo quase não chegam no ABC", afirmou.


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