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Acusações contra Israel são "graves", diz procurador
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que são "graves"
as denúncias de prática de
lobby contra o filho da ministra Erenice Alves Guerra (Casa Civil), Israel Guerra.
Ele falou, no entanto, que
ainda é "prematuro" ligar diretamente a ministra ao esquema. Gurgel pediu ontem
para que a Polícia Federal envie tudo o que já reuniu de
elementos no inquérito aberto para investigar o caso.
"As notícias apontam para
fatos graves, mas ainda não
temos elemento algum que
aponte a responsabilidade,
se envolve ou não envolve a
ministra", disse Gurgel.
Ele afirma que, enquanto
não houver indícios suficientes para dizer que Erenice
participava do lobby organizado por seu filho, o caso será investigado pela Procuradoria da República do DF.
Para ele, o primeiro passo
a ser dado pelos investigadores é convocar os que foram
citados em reportagens para
que deponham.
"Temos que fazer apuração preliminar dos fatos para
ver se há elementos mínimos
que justifiquem que a ministra seja ouvida", afirmou.
Segundo reportagem publicada na revista "Veja",
Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios
intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho.
Gurgel diz que o Ministério
Público não será utilizado como instrumento eleitoral e
que agirá com equilíbrio e
imparcialidade.
"O Ministério Público tem
essa preocupação de não virar instrumento de campanha, nem da campanha da
ministra Dilma nem da campanha do governador Serra."
O presidente da OAB,
Ophir Cavalcante, defendeu
ontem o afastamento imediato da ministra. Para a entidade, ela pode influenciar nas
investigações. "Não se pode
falar em moralidade, transparência e apuração se a ministra se mantiver no cargo."
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