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Para Planalto, nota de ministra foi um erro
Considerada um desastre, manifestação fez Erenice perder apoio para ficar no cargo
ANA FLOR
DE SÃO PAULO
VALDO CRUZ
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
Classificada como um "total desastre", a nota divulgada pela ministra Erenice
Guerra (Casa Civil) fez com
que ela perdesse apoio para
permanecer no cargo tanto
no círculo do presidente Lula
quanto na cúpula da campanha de Dilma Rousseff (PT).
Escrita e divulgada no final da terça-feira sem o conhecimento do Planalto, a
nota ataca o candidato tucano José Serra, classificando-o
de "aético e já derrotado". Segundo auxiliares diretos do
presidente, foi um sinal de
que Erenice "extrapolou".
Era unânime ontem na
campanha dilmista a posição
de que a melhor solução para
a crise era a saída de Erenice.
Depois da nota, nem mais
uma "saída à Henrique Hargreaves" -em referência ao
então ministro da Casa Civil
do governo Itamar Franco,
que deixou o cargo e, depois
de inocentado, retornou à
pasta- era defendida.
Na avaliação do governo, a
situação da ministra ficaria
"insustentável" caso aparecessem fatos novos.
Em reunião ontem, Lula
disse que sua ministra "errou" no conteúdo e ao não
consultar seus colegas.
Até ontem, o presidente
mantinha seu apoio a Erenice. Outro ministro que apoiava até ontem a ministra era
Franklin Martins, pego de
surpresa pela nota.
O mal-estar levou Erenice
a evitar uma cerimônia pública em que apareceria ao
lado do presidente, que constava em sua agenda às 8h40,
mas foi retirada.
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