São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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Depoimento de assessor liga Sarney a preso

DO ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ

Depoimento de novembro do ano passado do assessor jurídico da Secretaria da Segurança do Amapá Luiz Mário Araújo de Lima envolve o senador José Sarney (PMDB-AP) na indicação de um secretário estadual que supostamente blindou Waldez Góes e sua mulher junto à Polícia Federal.
Além disso, cita o presidente do Senado em uma suposta fraude na contratação de um helicóptero para o governo estadual.
O secretário indicado em questão foi Aldo Ferreira, delegado da Polícia Federal e um dos presos na Operação Mãos Limpas.
Segundo Araújo de Lima, a indicação de Aldo Ferreira foi uma retribuição por ele ter impedido que Waldez Góes e Marília, sua mulher, fossem alvo da Operação Antídoto, feita em 2007.
A Antídoto desbaratou uma quadrilha, que supostamente envolvia o secretário de Saúde do Amapá, de venda irregular de medicamentos ao governo estadual.
O assessor afirmou que Ferreira "teria assumido o cargo em decorrência de favor prestado quando atuante da superintendência da Polícia Federal".
Também disse que Góes e Marília "teriam sido observados recebendo dinheiro decorrente de fraude nas licitações e contratos" investigados pela operação.
Sua indicação foi fechada no escritório do presidente do Senado, em Brasília, e com sua anuência, disse Araújo de Lima.
Em relação ao helicóptero, afirma o assessor, a empresa que fornece o veículo para o Grupo Tático Aéreo, da polícia do Estado, foi indicada por Sarney.
Esse contrato, segundo Araújo de Lima, é "lesivo" e chega a custar R$ 300 mil por mês aos cofres públicos. (JCM)


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