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Depoimento de assessor liga Sarney a preso
DO ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ
Depoimento de novembro
do ano passado do assessor
jurídico da Secretaria da Segurança do Amapá Luiz Mário Araújo de Lima envolve o
senador José Sarney (PMDB-AP) na indicação de um secretário estadual que supostamente blindou Waldez
Góes e sua mulher junto à Polícia Federal.
Além disso, cita o presidente do Senado em uma suposta fraude na contratação
de um helicóptero para o governo estadual.
O secretário indicado em
questão foi Aldo Ferreira, delegado da Polícia Federal e
um dos presos na Operação
Mãos Limpas.
Segundo Araújo de Lima,
a indicação de Aldo Ferreira
foi uma retribuição por ele ter
impedido que Waldez Góes e
Marília, sua mulher, fossem
alvo da Operação Antídoto,
feita em 2007.
A Antídoto desbaratou
uma quadrilha, que supostamente envolvia o secretário
de Saúde do Amapá, de venda irregular de medicamentos ao governo estadual.
O assessor afirmou que
Ferreira "teria assumido o
cargo em decorrência de favor prestado quando atuante
da superintendência da Polícia Federal".
Também disse que Góes e
Marília "teriam sido observados recebendo dinheiro decorrente de fraude nas licitações e contratos" investigados pela operação.
Sua indicação foi fechada
no escritório do presidente
do Senado, em Brasília, e
com sua anuência, disse
Araújo de Lima.
Em relação ao helicóptero,
afirma o assessor, a empresa
que fornece o veículo para o
Grupo Tático Aéreo, da polícia do Estado, foi indicada
por Sarney.
Esse contrato, segundo
Araújo de Lima, é "lesivo" e
chega a custar R$ 300 mil por
mês aos cofres públicos.
(JCM)
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