São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ todamidia.folha@uol.com.br

Os seis emergentes

"Não há dúvida de que os emergentes estão cada vez mais poderosos", escreveu o "New York Times", sobre o estudo do Banco Mundial que "prevê que, em 2025, China, Brasil, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia representarão mais da metade do crescimento global". A estatal Voz da América foi na mesma linha, "Emergentes alimentarão crescimento global".

 

Já o "Financial Times" destacou, no enunciado, que o "Banco Mundial vê fim da hegemonia do dólar" em 2025, com o yuan chinês atingindo igual estatura, "mudança comandada pela força dos emergentes". No indiano "Business Standard", "Emergentes estão redefinindo economia global". No "Valor", "Brasil e mais cinco emergentes ganham peso na economia".

//A BATALHA DO FMI
O noticiário de FMI se voltou para as "Manobras na sucessão do chefe preso", chamada do "NYT", que relata o esforço europeu e diz que, "pela primeira vez, há chance real de ir para um país não ocidental, refletindo a mudança na economia global". Destaca o inquérito contra a candidata francesa, diz que o Fundo "não precisa de mais controvérsia" e cita que dois novos nomes surgiram na Alemanha.
Anota que a China cobrou uma escolha "transparente e baseada no mérito". Foi o destaque do "Wall Street Journal", com a chamada "Ásia deve ganhar papel maior no FMI", talvez o posto de vice, para Zhu Min. E o estatal "China Daily" postou, sobre a "batalha da sucessão", o texto "Crise no FMI abre a porta para os emergentes".
Na manchete do "FT", a pressão europeia -e uma autoridade brasileira dizendo que "Índia ou Brasil seriam boas opções".

FMI feudal
Lembrado para o cargo, Mohamed El-Erian escreveu no "FT" que não quer, "já tenho um grande emprego, na Califórnia". Mas enfatizou desde o título que o "Processo feudal do FMI precisa mudar", cobrando o conselho do Fundo: "Especificamente, o posto de diretor-gerente deve ser aberto a todas as nacionalidades. A tradição [de ser europeu] não serve a propósito consistente com o multilateralismo e a eficiência."

Suspeita
Ecoou dos jornais franceses para o mundo a suspeita de que a prisão de Dominique Strauss-Kahn, presidenciável socialista, seria complô de seu adversário, Nicolas Sarkozy. Dois posts de partidários de Sarkozy no Twitter, pouco depois da prisão, sustentam a teoria.
Mas o "NYT" anotou que a armadilha só funcionaria com a "predisposição" de Strauss-Kahn, que, no dizer do "Libération", "sabia que era o seu pior inimigo".

//UM PARA O OUTRO
O "China Daily" seguiu a comitiva empresarial que viajou ao Brasil com o ministro chinês do comércio, Chen Deming, para reuniões com Fernando Pimentel, Antonio Patriota e outros. No título de um dos despachos, "China e Brasil se abrem mais um para o outro". Em reportagem de Pequim, destacou que a "China busca estimular o consumo interno e planeja importar uma maior variedade de produtos para equilibrar seu comércio".
Em meio ao foco no Brasil, postou até relato de Roberto Ferreira Jr., "Um cara brasileiro vivendo na China", em Shenzhen.

China vs. Brasil
Por outro lado, a revista "Caijing" relatou que um assessor do banco central chinês, Li Daokui, afirmou num fórum em Xangai que emergentes "como o Brasil e a Índia" enfrentam deficits em conta corrente e fiscal -e uma crise é "inevitável", em cinco a dez anos. Mas não para a China, que "é bem diferente."

Bolha?
No "FT", "Explosão no preço da habitação levanta temores de bolha no Brasil", exemplificando com as casas do morro Santa Marta, no Rio, que teriam quase dobrado em dois anos.
Em outro texto, avalia que o resultado dos grandes bancos "esconde" problemas de instituições menores como PanAmericano e Morada.

ESTADO
Jillian Tamaki/nytimes.com
No alto do "NYT", artigo do presidente da OLP, Mahmoud Abbas, lembra sua expulsão da Galileia, aos 13, e defende a admissão da Palestina na ONU

Pilotos escapam
Sobre a decisão do juiz brasileiro que condenou os americanos do acidente da Gol, em 2006, a serviços comunitários nos EUA, o "NYT" destacou que "Pilotos evitam cadeia". No Huffington Post, "Pilotos evitam tempo na cadeia". Morreram 154 pessoas.

Airbus escapa?
O "Le Figaro" postou que as caixas-pretas do voo da Air France indicam "erro da tripulação" e "isentam a Airbus de responsabilidade na tragédia que matou 228", em 2009. A BBC Brasil ouviu o órgão francês responsável, que nega e se diz "chocado".

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