São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011

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FOCO

Armínio Fraga critica tamanho do Estado, e Mercadante reage

Segundo o petista, governo FHC privatizou quase todas as empresas importantes; para ex-presidente do BC, gestão Dilma investe pouco

DO RIO

Presentes ontem no 23º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos, o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga divergiram sobre o tamanho do Estado brasileiro.
Fraga, que preside o Conselho de Administração da BM&FBovespa e liderou o BC na gestão de Fernando Henrique Cardoso, disse que a presidente Dilma Rousseff "optou por um governo e um Estado bastante grandes", mas investe "muito pouco".
Segundo Fraga, a taxa de investimento do país, na casa dos 18%, não sustenta um crescimento na faixa de 4% -patamar de expansão do PIB previsto para 2010.
Mercadante rebateu o comentário sobre o tamanho do Estado, dizendo não achar "que a saída seja insistir na tese de um Estado mínimo".
O ministro afirmou, ainda, que o governo FHC "privatizou tudo" e que só restaram BNDES, Petrobras e bancos públicos -instituições, destacou ele, que foram importantes na política anticíclica promovida para o país sair da crise global de 2008 e 2009.
O ministro e o ex-presidente do BC, no entanto, concordaram em pontos como a necessidade de transparência na gestão pública e o avanço em mecanismos de avaliação de desempenho, metas e controles internos.
Armínio Fraga elogiou as ideias lançadas pela presidente Dilma de focar a meritocracia e a melhora da gestão pública.
Afirmou, porém, que é "muito difícil" destituir aliados e indicar servidores pelo mérito, e que falta ao BNDES "um esforço de mais transparência e autoavaliação".
(PEDRO SOARES)


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