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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Na TV, Dilma se apoia em Lula, e Serra foca saúde
Petista se mostra continuadora, e tucano fixa sua bandeira de campanha
Candidatos ao Planalto evitam críticas e tentam aparar os seus pontos fracos na estreia da propaganda eleitoral
DE SÃO PAULO
No primeiro dia da propaganda gratuita na TV, ontem,
Dilma Rousseff (PT) procurou mostrar que tem biografia suficiente para suceder o
presidente Lula, enquanto
José Serra (PSDB) fixou o tema da saúde como bandeira
de campanha.
O programa de Dilma à tarde ressaltou sua trajetória
profissional, para combater a
crítica de que ela não tem experiência. O de Serra, cuja
campanha busca amenizar
uma imagem muito paulista
e mais elitizada, mostrou o
tucano integrado à diversidade regional do país e suas origens "de homem do povo".
À noite, ambas as campanhas alteraram o conteúdo
do programa de TV. Lula
apareceu muito mais ao lado
de Dilma, dialogando com
ela e dividindo realizações.
O presidente gravou depoimento no Palácio da Alvorada, residência oficial do governo, em que diz: "Tem pessoas a quem a gente confia
um trabalho, e elas fazem tudo certo. Estes são os bons. E
há pessoas a quem a gente dá
uma missão, e elas se superam. Estes são os especiais.
Dilma é assim".
A propaganda noturna de
Serra ampliou a ênfase em
saúde, listando ações do tucano no setor quando foi ministro, prefeito e governador
e propostas como "Mãe Brasileira" (atendimento a gestantes e recém-nascidos) e a
criação de uma rede de hospitais para deficientes.
"Comigo saúde vai ser assunto do presidente da República, porque, se não for, não
melhora", afirmou.
Como antecipara a Folha,
Dilma mencionou a sua prisão durante a ditadura.
Também foi explorada a
experiência administrativa
da petista em cargos nos governos municipal e estadual
gaúchos e na gestão Lula.
Marina Silva (PV) manteve
à noite o programa da tarde,
com discurso ambientalista e
frases empoladas como: "O
uso de combustíveis fósseis
bombeia nossas esperanças
e nossas ilusões".
Segundo a ONG Contas
Abertas, o horário eleitoral
custará R$ 856,3 milhões aos
cofres públicos, valor de
isenção de IR às emissoras.
(FABIO VICTOR)
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