São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Na TV, Dilma se apoia em Lula, e Serra foca saúde

Petista se mostra continuadora, e tucano fixa sua bandeira de campanha

Candidatos ao Planalto evitam críticas e tentam aparar os seus pontos fracos na estreia da propaganda eleitoral


DE SÃO PAULO

No primeiro dia da propaganda gratuita na TV, ontem, Dilma Rousseff (PT) procurou mostrar que tem biografia suficiente para suceder o presidente Lula, enquanto José Serra (PSDB) fixou o tema da saúde como bandeira de campanha.
O programa de Dilma à tarde ressaltou sua trajetória profissional, para combater a crítica de que ela não tem experiência. O de Serra, cuja campanha busca amenizar uma imagem muito paulista e mais elitizada, mostrou o tucano integrado à diversidade regional do país e suas origens "de homem do povo".
À noite, ambas as campanhas alteraram o conteúdo do programa de TV. Lula apareceu muito mais ao lado de Dilma, dialogando com ela e dividindo realizações.
O presidente gravou depoimento no Palácio da Alvorada, residência oficial do governo, em que diz: "Tem pessoas a quem a gente confia um trabalho, e elas fazem tudo certo. Estes são os bons. E há pessoas a quem a gente dá uma missão, e elas se superam. Estes são os especiais. Dilma é assim".
A propaganda noturna de Serra ampliou a ênfase em saúde, listando ações do tucano no setor quando foi ministro, prefeito e governador e propostas como "Mãe Brasileira" (atendimento a gestantes e recém-nascidos) e a criação de uma rede de hospitais para deficientes.
"Comigo saúde vai ser assunto do presidente da República, porque, se não for, não melhora", afirmou.
Como antecipara a Folha, Dilma mencionou a sua prisão durante a ditadura.
Também foi explorada a experiência administrativa da petista em cargos nos governos municipal e estadual gaúchos e na gestão Lula.
Marina Silva (PV) manteve à noite o programa da tarde, com discurso ambientalista e frases empoladas como: "O uso de combustíveis fósseis bombeia nossas esperanças e nossas ilusões".
Segundo a ONG Contas Abertas, o horário eleitoral custará R$ 856,3 milhões aos cofres públicos, valor de isenção de IR às emissoras. (FABIO VICTOR)


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